Brazilian Portuguese: Portuguese Bíblia Livre for Gênesis

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Gênesis

1

1No princípio criou Deus os céus e a terra.2E a terra estava desordenada e vazia, e as trevas estavam sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.

3E disse Deus: Haja luz; e houve luz.4E viu Deus que a luz era boa: e separou Deus a luz das trevas.5E chamou Deus à luz Dia, e às trevas chamou Noite: e foi a tarde e a manhã o primeiro dia.
6E disse Deus: Haja expansão em meio das águas, e separe as águas das águas.7E fez Deus a expansão, e separou as águas que estavam debaixo da expansão, das águas que estavam sobre a expansão: e foi assim.8E chamou Deus à expansão Céus: e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.
9E disse Deus: Juntem-se as águas que estão debaixo dos céus em um lugar, e descubra-se a porção seca; e foi assim.10E chamou Deus à porção seca Terra, e à reunião das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.
11E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente; árvore de fruto que dê fruto segundo a sua espécie, que sua semente esteja nela, sobre a terra: e foi assim.12E produziu a terra erva verde, erva que dá semente segundo sua natureza, e árvore que dá fruto, cuja semente está nele, segundo a sua espécie; e viu Deus que era bom.13E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
14E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus para separar o dia e a noite: e sejam por sinais, e para as estações, e para dias e anos;15E sejam por luminares na expansão dos céus para iluminar sobre a terra: e foi.
16E fez Deus os dois grandes luminares; o luminar maior para que exerça domínio no dia, e o luminar menor para que exerça domínio na noite; fez também as estrelas.17E as pôs Deus na expansão dos céus, para iluminar sobre a terra,18E para exercer domínio no dia e na noite, e para separar a luz e as trevas: e viu Deus que era bom.19E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.
20E disse Deus: Produzam as águas répteis de alma vivente, e aves que voem sobre a terra, na expansão aberta dos céus.21E criou Deus as grandes criaturas marinhas, e toda coisa viva que anda arrastando, que as águas produziram segundo a sua espécie, e toda ave de asas segundo sua espécie: e viu Deus que era bom.
22E Deus os abençoou dizendo: Frutificai e multiplicai, e enchei as águas nos mares, e as aves se multipliquem na terra.23E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.
24E disse Deus: Produza a terra seres viventes segundo a sua espécie, animais e serpentes e animais da terra segundo sua espécie: e foi assim.25E fez Deus animais da terra segundo a sua espécie, e gado segundo a sua espécie, e todo animal que anda arrastando sobre a terra segundo sua espécie: e viu Deus que era bom.
26E disse Deus: Façamos ao ser humano à nossa imagem, conforme nossa semelhança; e domine os peixes do mar, e as aves dos céus, e os animais, e toda a terra, e todo animal que anda arrastando sobre a terra.27E criou Deus o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
28E Deus os abençoou; e disse-lhes Deus: Frutificai e multiplicai, e enchei a terra, e subjugai-a, e dominai os peixes do mar, as aves dos céus, e todos os animais que se movem sobre a terra.29E disse Deus: Eis que vos dei toda erva que dá semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente, vos será para comer.
30E a todo animal da terra, e a todas as aves dos céus, e a tudo o que se move sobre a terra, em que há vida, toda erva verde lhes será para comer: e foi assim.31E viu Deus tudo o que havia feito, e eis que era bom em grande maneira. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

21E foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há.2E acabou Deus no dia sétimo sua obra que fez, e repousou o dia sétimo de toda sua obra que havia feito.3E abençoou Deus ao dia sétimo, e o santificou, porque nele repousou de toda sua obra que havia Deus criado e feito.
4Estas são as origens dos céus e da terra quando foram criados, no dia que o SENHOR Deus fez a terra e os céus,5E antes que toda planta do campo existisse na terra, e antes que toda erva do campo nascesse; porque ainda não havia o SENHOR Deus feito chover sobre a terra, nem havia homem para que lavrasse a terra;6Mas subia da terra um vapor, que regava toda a face da terra.
7Formou, pois, o SENHOR Deus ao homem do pó da terra, e assoprou em seu nariz sopro de vida; e foi o homem em alma vivente.8E havia o SENHOR Deus plantado um jardim em Éden ao oriente, e pôs ali ao homem que havia formado.
9E havia o SENHOR Deus feito nascer da terra toda árvore agradável à vista, e boa para comer: também a árvore da vida em meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.10E saía de Éden um rio para regar o jardim, e dali se repartia em quatro ramificações.
11O nome de um era Pisom: este é o que cerca toda a terra de Havilá, onde há ouro:12E o ouro daquela terra é bom; há ali também bdélio e pedra ônix.
13O nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe.14E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai diante da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates.
15Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem, e o pôs no jardim de Éden, para que o lavrasse e o guardasse.16E mandou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás;17Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás dela; porque no dia que dela comeres, morrerás.
18E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; farei para ele ajuda idônea para ele.19Formou, pois, o SENHOR Deus da terra todo animal do campo, e toda ave dos céus, e trouxe-os a Adão, para que visse como lhes havia de chamar; e tudo o que Adão chamou aos animais viventes, esse é seu nome.20E pôs Adão nomes a todo animal e ave dos céus e a todo animal do campo: mas para Adão não achou ajuda que estivesse idônea para ele.
21E o SENHOR Deus fez cair sonho sobre Adão, e ele adormeceu: então tomou uma de suas costelas, e fechou a carne em seu lugar;22E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, fez uma mulher, e trouxe-a ao homem.23E disse Adão: Esta é agora osso de meus ossos, e carne de minha carne: esta será chamada Mulher, porque do homem foi tomada.
24Portanto, deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se achegará à sua mulher, e serão uma só carne.25E estavam ambos nus, Adão e sua mulher, e não se envergonhavam.
31Porém a serpente era astuta, mais que todos os animais do campo que o SENHOR Deus havia feito; a qual disse à mulher: Deus vos disse: Não comais de toda árvore do jardim?2E a mulher respondeu à serpente: Do fruto das árvores do jardim comemos;3Mas do fruto da árvore que está em meio do jardim disse Deus: Não comereis dele, nem o tocareis, para que não morrais.
4Então a serpente disse à mulher: Não morrereis;5Mas sabe Deus que no dia que comerdes dele, serão abertos vossos olhos, e sereis como deuses sabendo o bem e o mal.6E viu a mulher que a árvore era boa para comer, e que era agradável aos olhos, e árvore cobiçável para alcançar a sabedoria; e tomou de seu fruto, e comeu; e deu também a seu marido, o qual comeu assim como ela.
7E foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus: então coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.8E ouviram a voz do SENHOR Deus que se passeava no jardim ao esfriar do dia: e escondeu-se o homem e sua mulher da presença do SENHOR Deus entre as árvores do jardim.
9E chamou o SENHOR Deus ao homem, e lhe disse: Onde estás?10E ele respondeu: Ouvi tua voz no jardim, e tive medo, porque estava nu; e me escondi.11E disse-lhe: Quem te ensinou que estavas nu? Comeste da árvore de que eu te mandei não comesses?
12E o homem respondeu: A mulher que me deste por companheira me deu da árvore, e eu comi.13Então o SENHOR Deus disse à mulher: Que é o que fizeste? E disse a mulher: A serpente me enganou, e comi.
14E o SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto isto fizeste, maldita serás entre todos os animais selvagens e entre todos os animais do campo; sobre teu peito andarás, e pó comerás todos os dias de tua vida:15E inimizade porei entre ti e a mulher, e entre tua descendência e a descendência dela; esta te ferirá na cabeça, e tu lhe ferirás no calcanhar.
16À mulher disse: Multiplicarei em grande maneira tuas dores e teus sofrimentos de parto; com dor darás à luz os filhos; e a teu marido será teu desejo, e ele exercerá domínio sobre ti.
17E ao homem disse: Porquanto obedeceste à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te mandei dizendo, Não comerás dela; maldita será a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias de tua vida;18Espinhos e cardos te produzirá, e comerás erva do campo;19No suor de teu rosto comerás o pão até que voltes à terra; porque dela foste tomado: pois pó és, e ao pó voltarás.
20E chamou o homem o nome de sua mulher, Eva; porquanto ela era mãe de todos o viventes.21E o SENHOR Deus fez ao homem e à sua mulher túnicas de peles, e vestiu-as.
22E disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de Nos sabendo o bem e o mal: agora, pois, para que não estenda sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva para sempre:23E tirou-o o SENHOR do jardim de Éden, para que lavrasse a terra de que foi tomado.24Lançou, pois, fora ao homem, e pôs ao oriente do jardim de Éden querubins, e uma espada acesa que se revolvia a todos os lados, para guardar o caminho da árvore da vida.
41E conheceu Adão a sua mulher Eva, a qual concebeu e deu à luz a Caim, e disse: Adquiri um homem pelo SENHOR.2E depois deu à luz a seu irmão Abel. E foi Abel pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.
3E aconteceu decorrendo o tempo, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR.4E Abel trouxe também dos primogênitos de suas ovelhas, e de sua gordura. E olhou o SENHOR com agrado a Abel e à sua oferta;5Mas não olhou com bons olhos a Caim e à sua oferta. E irritou-se Caim em grande maneira, e decaiu seu semblante.
6Então o SENHOR disse a Caim: Por que te irritaste, e por que se mudou teu rosto?7Se bem fizeres, não serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado está à porta; contra ti será o seu desejo, porém tu deves dominá-lo.
8E falou Caim a seu irmão Abel; e aconteceu que estando eles no campo, Caim se levantou contra seu irmão Abel, e o matou.9E o SENHOR disse a Caim: Onde está Abel teu irmão? E ele respondeu: Não sei; sou eu guarda de meu irmão?
10E ele lhe disse: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama a mim desde a terra.11Agora, pois, maldito sejas tu da terra que abriu sua boca para receber o sangue de teu irmão de tua mão:12Quando lavrares a terra, não te voltará a dar sua força: errante e fugitivo serás na terra.
13E disse Caim ao SENHOR: Grande é minha iniquidade para ser perdoada.14Eis que me expulsas hoje da face da terra, e de tua presença me esconderei; e serei errante e fugitivo na terra; e sucederá que qualquer um que me achar, me matará.15E respondeu-lhe o SENHOR: Certo que qualquer um que matar a Caim, sete vezes será castigado. Então o SENHOR pôs sinal em Caim, para que não o ferisse qualquer um que o achasse.
16E saiu Caim de diante do SENHOR, e habitou na terra de Node, ao oriente de Éden.17E conheceu Caim a sua mulher, a qual concebeu e deu à luz a Enoque: e edificou uma cidade, e chamou o nome da cidade do nome de seu filho, Enoque.
18E a Enoque nasceu Irade, e Irade gerou a Meujael, e Meujael gerou a Metusael, e Metusael gerou a Lameque.19E tomou para si Lameque duas mulheres; o nome de uma foi Ada, e o nome da outra Zilá.
20E Ada deu à luz a Jabal, o qual foi pai dos que habitam em tendas, e criam gados.21E o nome de seu irmão foi Jubal, o qual foi pai de todos os que manejam harpa e flauta.22E Zilá também deu à luz a Tubalcaim, feitor de toda obra de bronze e de ferro: e a irmã de Tubalcaim foi Naamá.
23E disse Lameque a suas mulheres: Ada e Zilá, ouvi minha voz; Mulheres de Lameque, escutai meu dito: Que matei um homem por ter me ferido, E um rapaz por ter me golpeado:24Se sete vezes será vingado Caim, Lameque em verdade setenta vezes sete o será.
25E conheceu de novo Adão à sua mulher, a qual deu à luz um filho, e chamou seu nome Sete: Porque Deus (disse ela) me substituiu outra descendência em lugar de Abel, a quem matou Caim.26E a Sete também lhe nasceu um filho, e chamou seu nome Enos. Então os homens começaram a invocar o nome do SENHOR.
51Este é o livro das gerações de Adão. No dia em que criou Deus ao ser humano, à semelhança de Deus o fez;2Macho e fêmea os criou; e os abençoou, e chamou o nome deles Adão, no dia em que foram criados.
3E viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme sua imagem, e chamou seu nome Sete.4E foram os dias de Adão, depois que gerou a Sete, oitocentos anos: e gerou filhos e filhas.5E foram todos os dias que viveu Adão novecentos e trinta anos, e morreu.
6E viveu Sete cento e cinco anos, e gerou a Enos.7E viveu Sete, depois que gerou a Enos, oitocentos e sete anos: e gerou filhos e filhas.8E foram todos os dias de Sete novecentos e doze anos; e morreu.
9E viveu Enos noventa anos, e gerou a Cainã.10E viveu Enos depois que gerou a Cainã, oitocentos e quinze anos: e gerou filhos e filhas.11E foram todos os dias de Enos novecentos e cinco anos; e morreu.
12E viveu Cainã setenta anos, e gerou a Maalalel.13E viveu Cainã, depois que gerou a Maalalel, oitocentos e quarenta anos: e gerou filhos e filhas.14E foram todos os dias de Cainã novecentos e dez anos; e morreu.
15E viveu Maalalel sessenta e cinco anos, e gerou a Jarede.16E viveu Maalalel, depois que gerou a Jarede, oitocentos e trinta anos: e gerou filhos e filhas.17E foram todos os dias de Maalalel oitocentos noventa e cinco anos; e morreu.
18E viveu Jarede cento e sessenta e dois anos, e gerou a Enoque.19E viveu Jarede, depois que gerou a Enoque, oitocentos anos: e gerou filhos e filhas.20E foram todos os dias de Jarede novecentos e sessenta e dois anos; e morreu.
21E viveu Enoque sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém.22E caminhou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos: e gerou filhos e filhas.23E foram todos os dias de Enoque trezentos sessenta e cinco anos.24Caminhou, pois, Enoque com Deus, e desapareceu, porque Deus o levou.
25E viveu Matusalém cento e oitenta e sete anos, e gerou a Lameque.26E viveu Matusalém, depois que gerou a Lameque, setecentos e oitenta e dois anos: e gerou filhos e filhas.27Foram, pois, todos os dias de Matusalém, novecentos e sessenta e nove anos; e morreu.
28E viveu Lameque cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho:29E chamou seu nome Noé, dizendo: Este nos aliviará de nossas obras, e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o SENHOR amaldiçoou.
30E viveu Lameque, depois que gerou a Noé, quinhentos noventa e cinco anos: e gerou filhos e filhas.31E foram todos os dias de Lameque setecentos e setenta e sete anos; e morreu.
32E sendo Noé de quinhentos anos, gerou a Sem, Cam, e a Jafé.
61E aconteceu que, quando começaram os homens a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas,2Vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram belas, tomaram para si mulheres, escolhendo entre todas.3E disse o SENHOR: Não brigará meu espírito com o ser humano para sempre, porque certamente ele é carne: mas serão seus dias cento e vinte anos.
4Havia gigantes na terra naqueles dias, e também depois que entraram os filhos de Deus às filhas dos homens, e lhes geraram filhos: estes foram os valentes que desde a antiguidade foram homens de renome.
5E viu o SENHOR que a malícia dos seres humanos era muito na terra, e que todo desígnio dos pensamentos do coração deles era continuamente somente o mal.6E arrependeu-se o SENHOR de haver feito o ser humano na terra, e pesou-lhe em seu coração.
7E disse o SENHOR: Apagarei os seres humanos que criei de sobre a face da terra, desde o ser humano até o animal, e até o réptil e as aves do céu: porque me arrependo de havê-los feito.8Porém Noé achou favor aos olhos do SENHOR.
9Estas são as gerações de Noé: Noé, homem justo, foi íntegro em suas gerações; Noé andava com Deus.10E gerou Noé três filhos: a Sem, a Cam, e a Jafé.
11E corrompeu-se a terra diante de Deus, e estava a terra cheia de violência.12E olhou Deus a terra, e eis que estava contaminada; porque toda carne havia corrompido seu caminho sobre a terra.
13E disse Deus a Noé: O fim de toda carne veio diante de mim; porque a terra está cheia de violência por causa deles; e eis que eu os destruirei com a terra.14Faze-te uma arca de madeira de gôfer: farás aposentos na arca e a selarás com betume por dentro e por fora.15E desta maneira a farás: de trezentos côvados o comprimento da arca, de cinquenta côvados sua largura, e de trinta côvados sua altura.
16Uma janela farás à arca, e a acabarás a um côvado de elevação pela parte de cima: e porás a porta da arca a seu lado; e lhe farás piso abaixo, segundo e terceiro.17E eu, eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra, para destruir toda carne em que haja espírito de vida debaixo do céu; tudo o que há na terra morrerá.
18Mas estabelecerei meu pacto contigo, e entrarás na arca tu, e teus filhos e tua mulher, e as mulheres de teus filhos contigo.19E de tudo o que vive, de toda carne, dois de cada espécie porás na arca, para que tenham vida contigo; macho e fêmea serão.
20Das aves segundo sua espécie, e dos animais segundo sua espécie, de todo réptil da terra segundo sua espécie, dois de cada espécie entrarão contigo para que tenham vida.21E toma contigo de toda comida que se come, e traga-a a ti; servirá de alimento para ti e para eles.22E o fez assim Noé; fez conforme tudo o que Deus lhe mandou.
71E o SENHOR disse a Noé: Entra tu e toda tua casa na arca porque a ti vi justo diante de mim nesta geração.2De todo animal limpo tomarás de sete em sete, macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, macho e sua fêmea.3Também das aves dos céus de sete em sete, macho e fêmea; para guardar em vida a descendência sobre a face de toda a terra.
4Porque passados ainda sete dias, eu farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e apagarei toda criatura que fiz de sobre a face da terra.5E fez Noé conforme tudo o que lhe mandou o SENHOR.
6E sendo Noé de seiscentos anos, o dilúvio das águas foi sobre a terra.7E veio Noé, e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele à arca, por causa das águas do dilúvio.
8Dos animais limpos, e dos animais que não eram limpos, e das aves, e de todo o que anda arrastando sobre a terra,9De dois em dois entraram a Noé na arca: macho e fêmea, como mandou Deus a Noé.10E sucedeu que ao sétimo dia as águas do dilúvio foram sobre a terra.
11No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, no dia dezessete do mês, naquele dia foram rompidas todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus foram abertas;12E houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
13Neste mesmo dia entrou Noé, e Sem, e Cam e Jafé, filhos de Noé, a mulher de Noé, e as três mulheres de seus filhos com ele na arca;14Eles e todos os animais silvestres segundo suas espécies, e todos os animais mansos segundo suas espécies, e todo réptil que anda arrastando sobre a terra segundo sua espécie, e toda ave segundo sua espécie, todo pássaro, toda espécie de animal voador.
15E vieram a Noé à arca, de dois em dois de toda carne em que havia espírito de vida.16E os que vieram, macho e fêmea de toda carne vieram, como lhe havia mandado Deus: e o SENHOR lhe fechou a porta
17E foi o dilúvio quarenta dias sobre a terra; e as águas cresceram, e levantaram a arca, e se elevou sobre a terra.18E prevaleceram as águas, e cresceram em grande maneira sobre a terra; e andava a arca sobre a face das águas.
19E as águas prevaleceram muito em extremo sobre a terra; e todos os montes altos que havia debaixo de todos os céus, foram cobertos.20Quinze côvados em altura prevaleceram as águas; e foram cobertos os montes.
21E morreu toda carne que se move sobre a terra, tanto de aves como de gados, e de animais, e de todo réptil que anda arrastando sobre a terra, e todo ser humano:22Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas, de tudo o que havia na terra, morreu.
23Assim foi destruída toda criatura que vivia sobre a face da terra, desde o ser humano até o animal, e os répteis, e as aves do céu; e foram apagados da terra; e restou somente Noé, e os que com ele estavam na arca.24E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinquenta dias.
81E lembrou-se Deus de Noé, e de todos os animais, selvagens e domésticos que estavam com ele na arca; e fez passar Deus um vento sobre a terra, e diminuíram as águas.2E se fecharam as fontes do abismo, e as comportas dos céus; e a chuva dos céus foi detida.3E voltaram-se as águas de sobre a terra, indo e voltando; e decresceram as águas ao fim de cento e cinquenta dias.
4E repousou a arca no mês sétimo, a dezessete dias do mês, sobre os montes de Ararate.5E as águas foram decrescendo até o mês décimo: no décimo, ao primeiro dia do mês, se revelaram os cumes dos montes.
6E sucedeu que, ao fim de quarenta dias, abriu Noé a janela da arca que havia feito,7E enviou ao corvo, o qual saiu, e esteve indo e voltando até que as águas se secaram de sobre a terra.
8Enviou também de si à pomba, para ver se as águas se haviam retirado de sobre a face da terra;9E não achou a pomba onde sentar a planta de seu pé, e voltou-se a ele à arca, porque as águas estavam ainda sobre a face de toda a terra: então ele estendeu sua mão e recolhendo-a, a fez entrar consigo na arca.
10E esperou ainda outros sete dias, e voltou a enviar a pomba fora da arca.11E a pomba voltou a ele à hora da tarde; e eis que trazia uma folha de oliveira tomada em seu bico; então Noé entendeu que as águas haviam se retirado de sobre a terra.12E esperou ainda outros sete dias, e enviou a pomba, a qual não voltou já mais a ele.
13E sucedeu que no ano seiscentos e um de Noé, no mês primeiro, ao primeiro do mês, as águas se enxugaram de sobre a terra e tirou Noé a cobertura da arca, e olhou, e eis que a face da terra estava enxuta.14E no mês segundo, aos vinte e sete dias do mês, se secou a terra.
15E falou Deus a Noé dizendo:16Sai da arca tu, a tua mulher, os teus filhos, e as mulheres dos teus filhos contigo.17Todos os animais que estão contigo de toda carne, de aves e de animais e de todo réptil que anda arrastando sobre a terra, tirarás contigo; e vão pela terra, e frutifiquem, e multipliquem-se sobre a terra.
18Então saiu Noé, e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele.19Todos os animais, e todo réptil e toda ave, tudo o que se move sobre a terra segundo suas espécies, saíram da arca.
20E edificou Noé um altar ao SENHOR e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa, e ofereceu holocausto no altar.21E percebeu o SENHOR cheiro suave; e disse o SENHOR em seu coração: Não voltarei mais a amaldiçoar a terra por causa do ser humano; porque o intento do coração do ser humano é mau desde sua juventude: nem voltarei mais a destruir todo vivente, como fiz.22Enquanto a terra durar, a sementeira e a colheita, o frio e calor, verão e inverno, dia e noite, não cessarão.
91E Deus abençoou Noé e seus filhos, e disse-lhes: Frutificai, e multiplicai, e enchei a terra:2E vosso temor e vosso pavor será sobre todo animal da terra, e sobre toda ave dos céus, em tudo o que se mover na terra, e em todos os peixes do mar: em vossa mão são entregues.
3Tudo o que se move e vive vos será para mantimento: assim como os legumes e ervas, vos dei disso tudo.4Porém a carne com sua vida, que é seu sangue, não comereis.
5Porque certamente exigirei o sangue de vossas vidas; da mão de todo animal o exigirei, e da mão do ser humano; da mão do homem seu irmão exigirei a vida do ser humano.6O que derramar sangue humano, pelo ser humano seu sangue será derramado; porque à imagem de Deus o ser humano foi feito.7Mas vós frutificai, e multiplicai-vos; procriai abundantemente na terra, e multiplicai-vos nela.
8E falou Deus a Noé e a seus filhos com ele, dizendo:9Eis que eu mesmo estabeleço meu pacto convosco, e com vossa descendência depois de vós;10E com toda alma vivente que está convosco, de aves, de animais, e de toda fera da terra que está convosco; desde todos os que saíram da arca até todo animal da terra.
11Estabelecerei meu pacto convosco, e não será mais exterminada toda carne com águas de dilúvio; nem haverá mais dilúvio para destruir a terra.12E disse Deus: Este será o sinal do pacto que estabeleço entre mim e vós e toda alma vivente que está convosco, por tempos perpétuos:13Meu arco porei nas nuvens, o qual será por sinal de aliança entre mim e a terra.
14E será que quando fizer vir nuvens sobre a terra, se deixará ver então meu arco nas nuvens.15E me lembrarei do meu pacto, que há entre mim e vós e toda alma vivente de toda carne; e não serão mais as águas por dilúvio para destruir toda carne.
16E estará o arco nas nuvens, e o verei para me lembrar do pacto perpétuo entre Deus e toda alma vivente, com toda carne que há sobre a terra.17Disse, pois, Deus a Noé: Este será o sinal do pacto que estabeleci entre mim e toda carne que está sobre a terra.
18E os filhos de Noé que saíram da arca foram Sem, Cam e Jafé: e Cam é o pai de Canaã.19Estes três são os filhos de Noé; e deles foi cheia toda a terra.
20E começou Noé a lavrar a terra, e plantou uma vinha;21E bebeu do vinho, e se embriagou, e estava descoberto dentro de sua tenda.
22E Cam, pai de Canaã, viu a nudez de seu pai, e disse-o aos seus dois irmãos do lado de fora.23Então Sem e Jafé tomaram a roupa, e a puseram sobre seus próprios ombros, e andando para trás, cobriram a nudez de seu pai tendo seus rostos virados, e assim não viram a nudez de seu pai.
24E despertou Noé de seu vinho, e soube o que havia feito com ele seu filho o mais jovem;25E disse: Maldito seja Canaã; Servo de servos será a seus irmãos.
26Disse mais: Bendito o SENHOR o Deus de Sem, E seja-lhe Canaã servo.27Engrandeça Deus a Jafé, E habite nas tendas de Sem, E seja-lhe Canaã servo.
28E viveu Noé depois do dilúvio trezentos e cinquenta anos.29E foram todos os dias de Noé novecentos e cinquenta anos; e morreu.
101Estas são as gerações dos filhos de Noé: Sem, Cam e Jafé, aos quais nasceram filhos depois do dilúvio.
2Os filhos de Jafé: Gômer, e Magogue, e Madai, e Javã, e Tubal, e Meseque, e Tiras.3E os filhos de Gômer: Asquenaz, e Rifate, e Togarma.4E os filhos de Javã: Elisá, e Társis, Quitim, e Dodanim.5Por estes foram repartidas as ilhas das nações em suas terras, cada qual segundo sua língua, conforme suas famílias em suas nações.
6Os filhos de Cam: Cuxe, e Mizraim, e Pute, e Canaã.7E os filhos de Cuxe: Sebá, Havilá, e Sabtá, e Raamá, e Sabtecá. E os filhos de Raamá: Sabá e Dedã.
8E Cuxe gerou a Ninrode, este começou a ser poderoso na terra.9Este foi vigoroso caçador diante do SENHOR; pelo qual se diz: Assim como Ninrode, vigoroso caçador diante do SENHOR.10E foi a cabeceira de seu reino Babel, e Ereque, e Acade, e Calné, na terra de Sinear.
11De esta terra saiu Assur, e edificou a Nínive, e a Reobote-Ir, e a Calá,12E a Resém entre Nínive e Calá; a qual é cidade grande.13E Mizraim gerou a Ludim, e a Anamim, e a Leabim, e a Naftuim,14E a Patrusim, e a Casluim de onde saíram os filisteus, e a Caftorim.
15E Canaã gerou a Sidom, seu primogênito e a Hete,16E aos jebuseus, e aos amorreus, e aos gergeseus,17E aos heveus, e aos arqueus, e aos sineus,18E aos arvadeus e aos zemareus, e aos hamateus: e depois se derramaram as famílias dos cananeus.
19E foi o termo dos cananeus desde Sidom, vindo a Gerar até Gaza, até entrar em Sodoma e Gomorra, Admá, e Zeboim até Lasa.20Estes são os filhos de Cam por suas famílias, por suas línguas, em suas terras, em suas nações.
21Também lhe nasceram filhos a Sem, pai de todos os filhos de Héber, e irmão mais velho de Jafé.22E os filhos de Sem: Elão, e Assur, e Arfaxade, e Lude, e Arã.23E os filhos de Arã: Uz, e Hul, e Géter, e Mas.
24E Arfaxade gerou a Salá, e Salá gerou a Héber.25E a Héber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porque em seus dias foi repartida a terra; e o nome de seu irmão, Joctã.
26E Joctã gerou a Almodá, e a Salefe, e Hazarmavé, e a Jerá,27E a Hadorão, e a Uzal, e a Dicla,28E a Obal, e a Abimael, e a Sabá,29E a Ofir, e a Havilá, e a Jobabe: todos estes foram filhos de Joctã.
30E foi sua habitação desde Messa vindo de Sefar, monte à parte do oriente.31Estes foram os filhos de Sem por suas famílias, por suas línguas, em suas terras, em suas nações.
32Estas são as famílias de Noé por suas descendências, em suas nações; e destes foram divididas os povos na terra depois do dilúvio.
111Era, então, toda a terra de uma língua e umas mesmas palavras.2E aconteceu que, quando se partiram do oriente, acharam um vale na terra de Sinear; e ali passaram a habitar.
3E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e o cozamos com fogo. E foi-lhes os tijolos em lugar de pedra, e o betume em lugar de argamassa.4E disseram: Vamos, edifiquemo-nos uma cidade e uma torre, cuja ponta chegue ao céu; e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
5E desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre que edificavam os filhos dos homens.6E disse o SENHOR: Eis que o povo é um, e todos estes têm uma língua; e começaram a agir, e nada lhes restringirá agora do que pensaram fazer.7Agora, pois, desçamos, e confundamos ali suas línguas, para que ninguém entenda a fala de seu companheiro.
8Assim os espalhou o SENHOR desde ali sobre a face de toda a terra, e deixaram de edificar a cidade.9Por isto foi chamado o nome dela Babel, porque ali confundiu o SENHOR a língua de toda a terra, e desde ali os espalhou sobre a face de toda a terra.
10Estas são as gerações de Sem: Sem, de idade de cem anos, gerou a Arfaxade, dois anos depois do dilúvio.11E viveu Sem, depois que gerou a Arfaxade quinhentos anos, e gerou filhos e filhas.
12E Arfaxade viveu trinta e cinco anos, e gerou a Salá.13E viveu Arfaxade, depois que gerou a Salá, quatrocentos e três anos, e gerou filhos e filhas.
14E viveu Salá trinta anos, e gerou a Héber.15E viveu Salá, depois que gerou a Héber, quatrocentos e três anos, e gerou filhos e filhas.
16E viveu Héber trinta e quatro anos, e gerou a Pelegue.17E viveu Héber, depois que gerou a Pelegue, quatrocentos e trinta anos, e gerou filhos e filhas.
18E viveu Pelegue, trinta anos, e gerou a Reú.19E viveu Pelegue, depois que gerou a Reú, duzentos e nove anos, e gerou filhos e filhas.
20E Reú viveu trinta e dois anos, e gerou a Serugue.21E viveu Reú, depois que gerou a Serugue, duzentos e sete anos, e gerou filhos e filhas.
22E viveu Serugue trinta anos, e gerou a Naor.23E viveu Serugue, depois que gerou a Naor, duzentos anos, e gerou filhos e filhas.
24E viveu Naor vinte e nove anos, e gerou a Terá.25E viveu Naor, depois que gerou a Terá, cento e dezenove anos, e gerou filhos e filhas.26E viveu Terá setenta anos, e gerou a Abrão, e a Naor, e a Harã.
27Estas são as gerações de Terá: Terá gerou a Abrão, e a Naor, e a Harã; e Harã gerou a Ló.28E morreu Harã antes que seu pai Terá na terra de seu nascimento, em Ur dos caldeus.
29E tomaram Abrão e Naor para si mulheres: o nome da mulher de Abrão foi Sarai, e o nome da mulher de Naor, Milca, filha de Harã, pai de Milca e de Iscá.30Mas Sarai era estéril, e não tinha filho.
31E tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de Abrão seu filho: e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã: e vieram até Harã, e assentaram ali.32E foram os dias de Terá duzentos e cinco anos; e morreu Terá em Harã.
121Porém o SENHOR disse a Abrão: Vai-te de tua terra e de tua parentela, e da casa de teu pai, à terra que te mostrarei;2E farei de ti uma grande nação, e te abençoarei, e engrandecerei teu nome, e serás bênção:3E abençoarei aos que te abençoarem, e aos que te amaldiçoarem amaldiçoarei: e serão benditas em ti todas as famílias da terra.
4E foi-se Abrão, como o SENHOR lhe disse; e foi com ele Ló: e era Abrão de idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã.5E tomou Abrão a Sarai sua mulher, e a Ló filho de seu irmão, e todos os seus pertences que haviam ganhado, e as almas que haviam adquirido em Harã, e saíram para ir à terra de Canaã; e à terra de Canaã chegaram.
6E passou Abrão por aquela terra até o lugar de Siquém, até o carvalho de Moré: e os cananeus estavam então na terra.7E apareceu o SENHOR a Abrão, e lhe disse: À tua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR, que lhe havia aparecido.
8E passou-se dali a um monte ao oriente de Betel, e estendeu sua tenda, tendo a Betel ao ocidente e Ai ao oriente: e edificou ali altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR.9E moveu Abrão dali, caminhando e indo até o Sul.
10E houve fome na terra, e desceu Abrão ao Egito para peregrinar ali; porque era grande a fome na terra.11E aconteceu que quando estava para entrar no Egito, disse a Sarai sua mulher: Eis que, agora conheço que és mulher bela à vista;12E será que quando te houverem visto os egípcios, dirão: Sua mulher é: e matarão a mim, e a ti te preservarão a vida.13Agora, pois, dize que és minha irmã, para que eu vá bem por tua causa, e viva minha alma por causa de ti.
14E aconteceu que, quando entrou Abrão no Egito, os egípcios viram a mulher que era bela em grande maneira.15Viram-na também os príncipes de Faraó, e a elogiaram; e foi levada a mulher a casa de Faraó:16E fez bem a Abrão por causa dela; e teve ovelhas, e vacas, e asnos, e servos, e criadas, e asnas e camelos.
17Mas o SENHOR feriu a Faraó e à sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai mulher de Abrão.18Então Faraó chamou a Abrão e lhe disse: Que é isto que fizeste comigo? Por que não me declaraste que era tua mulher?19Por que disseste: “É minha irmã”, pondo-me em risco de tomá-la para mim por mulher? Agora, pois, eis aqui tua mulher, toma-a e vai-te.20Então Faraó deu ordem a seus homens acerca de Abrão; e lhe acompanharam, e à sua mulher com tudo o que tinha.
131Subiu, pois, Abrão do Egito até o Sul de Canaã, ele e sua mulher, com tudo o que tinha, e com ele Ló.2E Abrão era riquíssimo em gado, em prata e ouro.
3E voltou por suas jornadas da parte do Sul até Betel, até o lugar onde havia estado antes sua tenda entre Betel e Ai;4Ao lugar do altar que havia feito ali antes: e invocou ali Abrão o nome do SENHOR.
5E também Ló, que andava com Abrão, tinha ovelhas, e vacas, e tendas.6E a terra não os podia sustentar para que habitassem juntos; porque a riqueza deles era muita, e não podiam morar num mesmo lugar.7E houve briga entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló: e os cananeus e os ferezeus habitavam então na terra.
8Então Abrão disse a Ló: Não haja agora briga entre mim e ti, entre meus pastores e os teus, porque somos irmãos.9Não está toda a terra diante de ti? Eu te rogo que te separes de mim. Se fores à esquerda, eu irei à direita: e se tu à direita, eu irei à esquerda.
10E levantou Ló seus olhos, e viu toda a planície do Jordão, que toda ela era bem regada, antes que destruísse o SENHOR a Sodoma e a Gomorra, como o jardim do SENHOR, como a terra do Egito entrando em Zoar.11Então Ló escolheu para si toda a planície do Jordão: e partiu-se Ló ao Oriente, e separaram-se um do outro.
12Abrão assentou na terra de Canaã, e Ló assentou nas cidades da planície, e foi pondo suas tendas até Sodoma.13Mas os homens de Sodoma eram maus e pecadores para com o SENHOR em grande maneira.
14E o SENHOR disse a Abrão, depois que Ló se separou dele: Levanta agora teus olhos, e olha desde o lugar onde estás até o norte, e ao sul, e ao oriente e ao ocidente;15Porque toda a terra que vês, a darei a ti e à tua descendência para sempre.
16E farei tua descendência como o pó da terra: que se alguém puder contar o pó da terra, também tua descendência será contada.17Levanta-te, vai pela terra ao longo dela e à sua largura; porque a ti a tenho de dar.18Abrão, pois, removendo sua tenda, veio e morou nos carvalhos de Manre, que é em Hebrom, e edificou ali altar ao SENHOR.
141E aconteceu nos dias de Anrafel, rei de Sinear, Arioque, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal, rei de nações,2Que estes fizeram guerra contra Bera, rei de Sodoma, e contra Birsa, rei de Gomorra, e contra Sinabe, rei de Admá, e contra Semeber, rei de Zeboim, e contra o rei de Belá, a qual é Zoar.
3Todos estes se juntaram no vale de Sidim, que é o mar salgado.4Doze anos haviam servido a Quedorlaomer, e ao décimo terceiro ano se rebelaram.5E no ano décimo quarto veio Quedorlaomer, e os reis que estavam de sua parte, e derrotaram aos refains em Asterote-Carnaim, aos zuzins em Hã, e aos emins em Savé-Quiriataim.6E aos horeus no monte de Seir, até a El-Parã, que está junto ao deserto.
7E voltaram e vieram a En-Mispate, que é Cades, e devastaram todas as terras dos amalequitas, e também aos amorreus, que habitavam em Hazazom-Tamar.8E saiu o rei de Sodoma, e o rei de Gomorra, e o rei de Admá, e o rei de Zeboim, e o rei de Belá, que é Zoar, e ordenaram contra eles batalha no vale de Sidim;9A saber, contra Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal, rei de nações, e Anrafel, rei de Sinear, e Arioque, rei de Elasar; quatro reis contra cinco.
10E o vale de Sidim estava cheio de poços de betume: e fugiram o rei de Sodoma e o de Gomorra, e caíram ali; e os demais fugiram ao monte.11E tomaram toda a riqueza de Sodoma e de Gomorra, e todos os seus mantimentos, e se foram.12Tomaram também Ló, filho do irmão de Abrão, que morava em Sodoma, e sua riqueza, e se foram.
13E veio um dos que escaparam, e denunciou-o a Abrão o hebreu, que habitava no vale de Manre, amorreu, irmão de Escol e irmão de Aner, os quais tinham feito pacto com Abrão.14E ouviu Abrão que seu irmão estava prisioneiro, e armou seus criados, os criados de sua casa, trezentos e dezoito, e seguiu-os até Dã.
15E derramou-se sobre eles de noite ele e seus servos, e feriu-os, e foi os seguindo até Hobá, que está à esquerda de Damasco.16E recuperou todos os bens, e também a Ló seu irmão e sua riqueza, e também as mulheres e gente.
17E saiu o rei de Sodoma a recebê-lo, quando voltava da derrota de Quedorlaomer e dos reis que com ele estavam, ao vale de Savé, que é o vale do Rei.18Então Melquisedeque, rei de Salém, tirou pão e vinho; o qual era sacerdote do Deus altíssimo;
19E abençoou-lhe, e disse: Bendito seja Abrão do Deus altíssimo, possuidor dos céus e da terra;20E bendito seja o Deus altíssimo, que entregou teus inimigos em tua mão.
21Então o rei de Sodoma disse a Abrão: Dá-me as pessoas, e toma para ti a riqueza.22E respondeu Abrão ao rei de Sodoma: Levantei minha mão ao SENHOR Deus altíssimo, possuidor dos céus e da terra,23Que desde um fio até a correia de um calçado, nada tomarei de tudo o que é teu, para que não digas: Eu enriqueci a Abrão:24Tirando somente o que os rapazes comeram, e a porção dos homens que foram comigo, Aner, Escol, e Manre; eles tomem a sua parte.
151Depois destas coisas a palavra do SENHOR veio a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão; eu sou o teu escudo; a tua recompensa será muito grande.2Abrão respondeu: Senhor DEUS, que me darás, sendo que não tenho filho, e o herdeiro da minha casa é Eliézer de Damasco?3Disse mais Abrão: Eis que não me deste descendência, e eis que meu herdeiro é um nascido em minha casa.
4E logo a palavra do SENHOR veio a ele dizendo: Não esse não herdará de ti, mas sim o que sairá de tuas entranhas será o que de ti herdará.5E tirou-lhe fora, e disse: Olha agora aos céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E lhe disse: Assim será tua descendência.
6E creu ao SENHOR, e contou-lhe por justiça.7E disse-lhe: Eu sou o SENHOR, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a herdar esta terra.8E ele respondeu: Senhor DEUS, com que saberei que a vou herdar?
9E lhe disse: Separa-me uma bezerra de três anos, e uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos, uma rolinha também, e um pombinho.10E tomou ele todas estas coisas, e partiu-as pela metade, e pôs cada metade uma em frente de outra; mas não partiu as aves.11E desciam aves sobre os corpos mortos, e enxotava-as Abrão.
12Mas ao pôr do sol veio o sono a Abrão, e eis que o pavor de uma grande escuridão caiu sobre ele.13Então disse a Abrão: Tem certeza que a tua descendência será peregrina em terra que não é sua, e serão escravizados e afligidos por quatrocentos anos.
14Mas também a nação a quem servirão, eu julgarei; e depois disto sairão com grande riqueza.15Tu, porém, virás aos teus pais em paz, e serás sepultado em boa velhice.16E na quarta geração voltarão para cá; porque ainda não está completa a maldade dos amorreus até aqui.
17E sucedeu que, depois de posto o sol, e já estando escuro, apareceu um fogo fumegando, e uma tocha de fogo que passou por entre os animais divididos.18Naquele dia fez o SENHOR um pacto com Abrão dizendo: À tua descendência darei esta terra desde o rio do Egito até o rio grande, o rio Eufrates;19Os queneus, e os quenezeus, e os cadmoneus,20E os heteus, e os perizeus, e os refains,21E os amorreus, e os cananeus, e os girgaseus, e os jebuseus.
161E Sarai, mulher de Abrão não lhe dava filho: e ela tinha uma serva egípcia, que se chamava Agar.2Disse, pois, Sarai a Abrão: Já vês que o SENHOR me fez estéril: rogo-te que entres a minha serva; talvez terei filhos dela. E atendeu Abrão ao dito de Sarai.3E Sarai, mulher de Abrão, tomou a Agar sua serva egípcia, ao fim de dez anos que havia habitado Abrão na terra de Canaã, e deu-a a Abrão seu marido por mulher.4E ele se deitou com Agar, a qual concebeu: e quando viu que havia concebido, olhava com desprezo à sua senhora.
5Então Sarai disse a Abrão: Minha afronta seja sobre ti; eu pus minha serva em teus braços, e vendo-se grávida, me olha com desprezo; julgue o SENHOR entre mim e ti.6E respondeu Abrão a Sarai: Eis aí tua serva em tua mão, faze com ela o que bem te parecer. E quando Sarai a afligiu, fugiu de sua presença.
7E o anjo do SENHOR a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte que está no caminho de Sur.8E lhe disse: Agar, serva de Sarai, de onde vens tu, e para onde vais? E ela respondeu: Fujo de diante de Sarai, minha senhora.
9E disse-lhe o anjo do SENHOR: Volta à tua senhora, e põe-te submissa sob a mão dela.10Disse-lhe também o anjo do SENHOR: Multiplicarei tanto tua linhagem, que não será contada por causa da multidão.
11Disse-lhe ainda o anjo do SENHOR: Eis que concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás seu nome Ismael, porque o SENHOR ouviu a tua aflição.12E ele será homem como um jumento selvagem; sua mão será contra todos, as mãos de todos serão contra ele, e habitará à margem de todos os seus irmãos.
13Então chamou o nome do SENHOR que com ela falava: Tu és o Deus da vista; porque disse: Não vi também aqui ao que me vê?14Pelo qual chamou ao poço, Poço do Vivente que me vê. Eis que está entre Cades e Berede.
15E Agar deu à luz um filho a Abrão, e Abrão chamou o nome do seu filho que Agar lhe deu à luz Ismael.16E era Abrão de idade de oitenta e seis anos, quando deu à luz Agar a Ismael.
171Quando Abrão tinha a idade de noventa e nove anos, o SENHOR lhe apareceu, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda diante de mim, e sê íntegro.2E constituirei meu pacto entre mim e ti, e te multiplicarei em grandíssima maneira.
3Então Abrão prostrou-se com o rosto ao chão, e Deus falou com ele, dizendo:4Quanto a mim, este é o meu pacto contigo: Serás pai de multidão de nações:5E não se chamará mais teu nome Abrão, mas sim que será teu nome Abraão, porque te pus por pai de multidão de nações.6E te multiplicarei muito em grande maneira, e te porei em nações, e reis sairão de ti.
7E estabelecerei meu pacto entre mim e ti, e tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para ser para ti por Deus, e à tua descendência depois de ti.8E darei a ti, e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em herança perpétua; e serei o Deus deles.
9Disse de novo Deus a Abraão: Tu, porém, guardarás meu pacto, tu e tua descendência depois de ti por suas gerações.10Este será meu pacto, que guardareis entre mim e vós e tua descendência depois de ti: Será circuncidado todo macho dentre vós.11Circuncidareis, pois, a carne de vosso prepúcio, e será por sinal do pacto entre mim e vós.
12E de idade de oito dias será circuncidado todo macho entre vós por vossas gerações: o nascido em casa, e o comprado a dinheiro de qualquer estrangeiro, que não for de tua descendência.13Deve ser circuncidado o nascido em tua casa, e o comprado por teu dinheiro: e estará meu pacto em vossa carne para aliança perpétua.14E o macho incircunciso que não houver circuncidado a carne de seu prepúcio, aquela pessoa será exterminada de seu povo; violou meu pacto.
15Disse também Deus a Abraão: A Sarai tua mulher não a chamarás Sarai, mas Sara será seu nome.16E a abençoarei, e também te darei dela filho; sim, a abençoarei, e virá a ser mãe de nações; dela surgirão reis de povos.
17Então Abraão postrou-se com o rosto ao chão, riu, e disse em seu coração: A um homem de cem anos nasceráfilho? E Sara, já de noventa anos, há de dar à luz?18E disse Abraão a Deus: Que Ismael viva diante de ti!
19E respondeu Deus: Certamente Sara tua mulher te dará à luz um filho, e chamarás seu nome Isaque; e confirmarei meu pacto com ele por aliança perpétua para sua descendência depois dele.20E quanto a Ismael, também te ouvi; eis que o abençoarei, e lhe farei frutificar e multiplicar em grandíssima maneira; doze príncipes gerará, e dele farei grande nação.21Mas meu pacto estabelecerei com Isaque, ao qual Sara te dará à luz por este tempo no ano seguinte.
22E acabou de falar com ele, e Deus subiu da presença de Abraão.23Então tomou Abraão a Ismael seu filho, e a todos os servos nascidos em sua casa, e a todos os comprados por seu dinheiro, a todo homem entre os domésticos da casa de Abraão, e circuncidou a carne do prepúcio deles naquele mesmo dia, como Deus lhe havia dito.
24Era Abraão de idade de noventa e nove anos quando circuncidou a carne de seu prepúcio.25E Ismael seu filho era de treze anos quando foi circuncidada a carne de seu prepúcio.26No mesmo dia foi circuncidado Abraão e Ismael seu filho.27E todos os homens de sua casa, o servo nascido em casa, e o comprado por dinheiro do estrangeiro, foram circuncidados com ele.
181E apareceu-lhe o SENHOR nos carvalhos de Manre, estando ele sentado à porta de sua tenda no calor do dia.2E levantou seus olhos e olhou, e eis que três homens que estavam junto a ele: e quando os viu, saiu correndo da porta de sua tenda a recebê-los, e inclinou-se até a terra,
3E disse: Senhor, se agora achei favor aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo.4Que se traga agora um pouco de água, e lavai vossos pés; e recostai-vos debaixo de uma árvore,5E trarei um bocado de pão, e confortai vosso coração; depois passareis; pois por isso passastes perto de vosso servo.
6Então Abraão foi depressa à tenda a Sara, e lhe disse: Toma logo três medidas de flor de farinha, amassa e faze pães cozidos debaixo das cinzas.7E correu Abraão às vacas, e tomou um bezerro tenro e bom, e deu-o ao jovem, e deu-se este pressa a prepará-lo.8Tomou também manteiga e leite, e o bezerro que havia preparado, e o pôs diante deles; e ele estava junto a eles debaixo da árvore; e comeram.
9E lhe disseram: Onde está Sara tua mulher? E ele respondeu: Aqui na tenda.10Então disse: De certo voltarei a ti segundo o tempo da vida, e eis que Sara, tua mulher, terá um filho.
11Abraão e Sara eram idosos, avançados em dias; a Sara já havia cessado o costume das mulheres.12Riu, pois, Sara consigo mesma, dizendo: Depois que envelheci terei prazer, sendo também meu senhor já velho?
13Então o SENHOR disse a Abraão: Por que Sara riu dizendo: Será verdade que darei à luz, sendo já velha?14Há para Deus alguma coisa difícil? Ao tempo assinalado voltarei a ti, segundo o tempo da vida, e Sara terá um filho.15Então Sara negou dizendo: Não ri; pois teve medo. Mas ele disse: Não é assim, mas riste.
16E os homens se levantaram dali, e olharam até Sodoma: e Abraão ia com eles acompanhando-os.17E o SENHOR disse: Encobrirei eu a Abraão o que vou a fazer,18Havendo de ser Abraão em uma nação grande e forte, e havendo de ser benditas nele todas as nações da terra?19Porque eu o conheci, sei que mandará a seus filhos e a sua casa depois de si, que guardem o caminho do SENHOR, fazendo justiça e juízo, para que faça vir o SENHOR sobre Abraão o que falou acerca dele.
20Então o SENHOR lhe disse: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se aumenta mais e mais, e o pecado deles se agravou em extremo,21Descerei agora, e verei se consumaram sua obra segundo o clamor que veio até mim; e se não, eu o saberei.
22E apartaram-se dali os homens, e foram até Sodoma: mas Abraão estava ainda diante do SENHOR.23E aproximou-se Abraão e disse: Destruirás também ao justo com o ímpio?
24Talvez haja cinquenta justos dentro da cidade: destruirás também e não perdoarás ao lugar por cinquenta justos que estejam dentro dela?25Longe de ti o fazer tal, que faças morrer ao justo com o ímpio e que seja o justo tratado como o ímpio; nunca faças tal. O juiz de toda a terra, não há de fazer o que é justo?26Então respondeu o SENHOR: Se achar em Sodoma cinquenta justos dentro da cidade, perdoarei a todo este lugar por causa deles.
27E Abraão replicou e disse: Eis que agora que comecei a falar a meu Senhor, ainda que sou pó e cinza:28Talvez faltem de cinquenta justos cinco; destruirás por aqueles cinco toda a cidade? E disse: Não a destruirei, se achar ali quarenta e cinco.
29E voltou a falar-lhe, e disse: Talvez se acharão ali quarenta. E respondeu: Não o farei por causa dos quarenta.30E disse: Não se ire agora meu Senhor, se falar: talvez se achem ali trinta. E respondeu: Não o farei se achar ali trinta.31E disse: Eis que agora que me empreendi em falar a meu Senhor: talvez se achem ali vinte. Não a destruirei, respondeu, por causa dos vinte.
32E voltou a dizer: Não se ire agora meu Senhor, se falar somente uma vez: talvez se achem ali dez. Não a destruirei, respondeu, por causa dos dez.33E foi-se o SENHOR, logo que acabou de falar a Abraão: e Abraão se voltou a seu lugar.
191Chegaram, pois, os dois anjos a Sodoma ao cair da tarde; e Ló estava sentado à porta de Sodoma. E vendo-os Ló, levantou-se a recebê-los, e inclinou-se até o chão;2E disse: Agora, pois, meus senhores, vos rogo que venhais à casa de vosso servo e vos hospedeis, e lavareis vossos pés: e pela manhã vos levantareis, e seguireis vosso caminho. E eles responderam: Não, que na praça nos ficaremos esta noite.3Mas ele insistiu com eles muito, e se vieram com ele, e entraram em sua casa; e fez-lhes banquete, e cozeu pães sem levedura e comeram.
4E antes que se deitassem, cercaram a casa os homens da cidade, os homens de Sodoma, todo o povo junto, desde o mais jovem até o mais velho;5E chamaram a Ló, e lhe disseram: Onde estão os homens que vieram a ti esta noite? tira-os a nós, para que os conheçamos.
6Então Ló saiu a eles à porta, e fechou as portas atrás de si,7E disse: Eu vos rogo, meus irmãos, que não façais tal maldade.8Eis aqui agora eu tenho duas filhas que não conheceram homem; eu as tirarei fora para vós, e fazei delas como bem vos parecer: somente a estes homens não façais nada, pois que vieram à sombra de meu telhado.
9E eles responderam: Sai daí: e acrescentaram: Veio este aqui para habitar como um estrangeiro, e haverá de levantar-se como juiz? Agora te faremos mais mal que a eles. E faziam grande violência ao homem, a Ló, e se aproximaram para romper as portas.
10Então os homens estenderam a mão, e meteram a Ló em casa com eles, e fecharam as portas.11E aos homens que estavam à porta da casa desde o menor até o maior, feriram com cegueira; mas eles se cansavam tentando achar a porta.
12E disseram os homens a Ló: Tens aqui alguém mais? Genros, e teus filhos e tuas filhas, e tudo o que tens na cidade, tira-o deste lugar:13Porque vamos destruir este lugar, porquanto o clamor deles subiu demais diante do SENHOR; portanto o SENHOR nos enviou para destruí-lo.
14Então saiu Ló, e falou a seus genros, os que haviam de se casar com suas filhas, e lhes disse: Levantai-vos, saí deste lugar; porque o SENHOR vai destruir esta cidade. Mas pareceu a seus genros como que se ridicularizava.15E ao raiar a alva, os anjos davam pressa a Ló, dizendo: Levanta-te, toma tua mulher, e teus dois filhas que se acham aqui, para que não pereças no castigo da cidade.
16E demorando-se ele, os homens pegaram por sua mão, e pela mão de sua mulher, e pelas mãos de suas duas filhas segundo a misericórdia do SENHOR para com ele; e o tiraram, e o puseram fora da cidade.17E foi que quando os tirou fora, disse: Escapa por tua vida; não olhes atrás de ti, nem pares toda esta planície; escapa ao monte, não seja que pereças.
18E Ló lhes disse: Não, eu vos rogo, senhores meus;19Eis que agora achou teu servo favor em teus olhos, e engrandeceste tua misericórdia que fizeste comigo dando-me a vida; mas eu não poderei escapar ao monte, não seja caso que me alcance o mal e morra.20Eis que agora esta cidade está próxima para fugir ali, a qual é pequena; escaparei agora ali, (não é ela pequena?) e viverá minha alma.
21E lhe respondeu: Eis que recebi também tua súplica sobre isto, e não destruirei a cidade de que falaste.22Apressa-te, escapa-te ali; porque nada poderei fazer até que ali tenhas chegado. Por isto foi chamado o nome da cidade, Zoar.
23O sol saía sobre a terra, quando Ló chegou a Zoar.24Então choveu o SENHOR sobre Sodoma e sobre Gomorra enxofre e fogo da parte do SENHOR desde os céus;25E destruiu as cidades, e toda aquela planície, com todos os moradores daquelas cidades, e o fruto da terra.
26Então a mulher de Ló olhou atrás, às costas dele, e se tornou estátua de sai.27E subiu Abraão pela manhã ao lugar onde havia estado diante do SENHOR:28E olhou até Sodoma e Gomorra, e até toda a terra daquela planície olhou; e eis que a fumaça subia da terra como a fumaça de um forno.
29Assim foi que, quando destruiu Deus as cidades da planície, lembrou-se Deus de Abraão, e enviou fora a Ló do meio da destruição, ao assolar as cidades onde Ló estava.
30Porém Ló subiu de Zoar, e assentou no monte, e suas duas filhas com ele; porque teve medo de ficar em Zoar, e se abrigou em uma caverna ele e suas duas filhas.
31Então a maior disse à menor: Nosso pai é velho, e não resta homem na terra que entre a nós conforme o costume de toda a terra:32Vem, demos a beber vinho a nosso pai, e durmamos com ele, e conservaremos de nosso pai geração.33E deram a beber vinho a seu pai aquela noite: e entrou a maior, e dormiu com seu pai; mas ele não sentiu quando se deitou com ela nem quando se levantou.
34O dia seguinte disse a maior à menor: Eis que eu dormi a noite passada com meu pai; demos a ele de beber vinho também esta noite, e entra e dorme com ele, para que conservemos de nosso pai geração.35E deram a beber vinho a seu pai também aquela noite: e levantou-se a menor, e dormiu com ele; mas não conseguiu perceber quando se deitou com ela, nem quando se levantou.
36E conceberam as duas filhas de Ló, de seu pai.37E deu à luz a maior um filho, e chamou seu nome Moabe, o qual é pai dos moabitas até hoje.38A menor também deu à luz um filho, e chamou seu nome Ben-Ami, o qual é pai dos amonitas até hoje.
201De ali partiu Abraão à terra do Sul, e assentou entre Cades e Sur, e habitou como peregrino em Gerar.2E disse Abraão de Sara sua mulher: É minha irmã. E Abimeleque, rei de Gerar, enviou e tomou a Sara.3Porém Deus veio a Abimeleque em sonhos de noite, e lhe disse: Eis que morto és por causa da mulher que tomaste, a qual é casada com marido.
4Mas Abimeleque não havia chegado a ela, e disse: Senhor, matarás também a gente justa?5Não me disse ele: É minha irmã; e ela também disse: É meu irmão? Com sinceridade de meu coração, e com limpeza de minhas mãos fiz isto.
6E disse-lhe Deus em sonhos: Eu também sei que com integridade de teu coração fizeste isto; e eu também te detive de pecar contra mim, e assim não te permiti que a tocasses.7Agora, pois, devolve a mulher a seu marido; porque é profeta, e orará por ti, e viverás. E se tu não a devolveres, sabe que certamente morrerás, com tudo o que for teu.
8Então Abimeleque se levantou de manhã, e chamou a todos os seus servos, e disse todas estas palavras aos ouvidos deles; e temeram os homens em grande maneira.9Depois chamou Abimeleque a Abraão e lhe disse: Que nos fizeste? e em que pequei eu contra ti, que atraíste sobre mim e sobre meu reino tão grande pecado? o que não devias fazer fizeste comigo.
10E disse mais Abimeleque a Abraão: Que viste para que fizesses isto?11E Abraão respondeu: Porque disse para mim: Certamente não há temor de Deus neste lugar, e me matarão por causa de minha mulher.12E na verdade também é minha irmã, filha de meu pai, mas não filha de minha mãe, e tomei-a por mulher.
13E foi que, quando Deus me fez sair sem rumo da casa de meu pai, eu lhe disse: Esta é a lealdade que tu me farás, que em todos os lugares onde chegarmos, digas de mim: É meu irmão.14Então Abimeleque tomou ovelhas e vacas, e servos e servas, e deu-o a Abraão, e devolveu-lhe a Sara sua mulher.
15E disse Abimeleque: Eis que minha terra está diante de ti, habita onde bem te parecer.16E a Sara disse: Eis que dei mil moedas de prata a teu irmão; olha que ele te é por véu de olhos para todos os que estão contigo, e para com todos: assim foi repreendida.
17Então Abraão orou a Deus; e Deus sanou a Abimeleque e a sua mulher, e a suas servas, e voltaram a ter filhos.18Porque havia por completo fechado o SENHOR toda madre da casa de Abimeleque, por causa de Sara, mulher de Abraão.
211E o SENHOR visitou Sara, como disse, e o SENHOR fez com Sara como havia falado.2E concebeu e deu à luz Sara a Abraão um filho em sua velhice, no tempo que Deus lhe havia dito.3E chamou Abraão o nome de seu filho que lhe nasceu, que lhe deu à luz Sara, Isaque.4E circuncidou Abraão a seu filho Isaque de oito dias, como Deus lhe havia mandado.
5E era Abraão de cem anos, quando lhe nasceu Isaque seu filho.6Então disse Sara: Deus me fez rir, e qualquer um que o ouvir, se rirá comigo.7E acrescentou: Quem diria a Abraão que Sara havia de dar de mamar a filhos? pois que lhe dei um filho em sua velhice.
8E cresceu o menino, e foi desmamado; e fez Abraão grande banquete no dia que foi desmamado Isaque.9E viu Sara ao filho de Agar a egípcia, o qual havia esta dado a Abraão, que o ridicularizava.
10Portanto disse a Abraão: Expulsa a esta serva e a seu filho; que o filho desta serva não herdará com meu filho, com Isaque.11Este dito pareceu grave em grande maneira a Abraão por causa de seu filho.
12Então disse Deus a Abraão: Não te pareça grave por causa do jovem e de tua serva; em tudo o que te disser Sara, ouve sua voz, porque em Isaque será chamada tua descendência.13E também do filho da serva farei nação, porque é descendência tua.
14Então Abraão se levantou manhã muito cedo, e tomou pão, e um odre de água, e deu-o a Agar, pondo-o sobre seu ombro, e entregou-lhe o jovem, e despediu-a. E ela partiu, e andava errante pelo deserto de Berseba.15E faltou a água do odre, e deitou ao jovem debaixo de uma árvore;16E foi-se e sentou-se em frente, afastando-se como um tiro de arco; porque dizia: Não verei quando o jovem morrer: e sentou-se em frente, e levantou sua voz e chorou.
17E ouviu Deus a voz do jovem; e o anjo de Deus chamou a Agar desde o céu, e lhe disse: Que tens, Agar? Não temas; porque Deus ouviu a voz do jovem onde está.18Levanta-te, ergue ao jovem, e pegue-o por tua mão, porque farei dele uma grande nação.
19Então abriu Deus os olhos dela, e ela viu uma fonte de água; e foi, e encheu o odre de água, e deu de beber ao jovem.20E foi Deus com o jovem; e cresceu, e habitou no deserto, e foi atirador de arco.21E habitou no deserto de Parã; e sua mãe lhe tomou mulher da terra do Egito.
22E aconteceu naquele mesmo tempo que falou Abimeleque, e Ficol, príncipe de seu exército, a Abraão dizendo: Deus é contigo em tudo quanto fazes.23Agora, pois, jura-me aqui por Deus, que não tratarás com falsidade a mim, nem a meu filho, nem a meu neto; mas sim que conforme a bondade que eu fiz contigo, farás tu comigo e com a terra onde peregrinaste.24E respondeu Abraão: Eu jurarei.
25E Abraão reclamou com Abimeleque por causa de um poço de água, que os servos de Abimeleque lhe haviam tirado.26E respondeu Abimeleque: Não sei quem tenha feito isto, nem tampouco tu me fizeste saber, nem eu o ouvi até hoje.27E tomou Abraão ovelhas e vacas, e deu a Abimeleque; e fizeram ambos aliança.
28E pôs Abraão sete cordeiras do rebanho à parte.29E disse Abimeleque a Abraão: Que significam essas sete cordeiras que puseste à parte?30E ele respondeu: Que estas sete cordeiras tomarás de minha mão, para que me sejam em testemunho de que eu cavei este poço.
31Por isto chamou a aquele lugar Berseba; porque ali ambos juraram.32Assim fizeram aliança em Berseba: e levantaram-se Abimeleque e Ficol, príncipe de seu exército, e se voltaram à terra dos filisteus.
33E plantou Abraão um bosque em Berseba, e invocou ali o nome do SENHOR Deus eterno.34E morou Abraão na terra dos filisteus por muitos dias.
221E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e lhe disse: Abraão. E ele respondeu: Eis-me aqui.2E disse: Toma agora teu filho, teu único, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes que eu te direi.3E Abraão se levantou manhã muito cedo, e preparou seu asno, e tomou consigo dois servos seus, e a Isaque seu filho: e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe disse.
4Ao terceiro dia levantou Abraão seus olhos, e viu o lugar de longe.5Então disse Abraão a seus servos: Esperai aqui com o asno, e eu e o jovem iremos até ali, e adoraremos, e voltaremos a vós.6E tomou Abraão a lenha do holocausto, e a pôs sobre Isaque seu filho: e ele tomou em sua mão o fogo e a espada; e foram ambos juntos.
7Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai. e ele respondeu: Eis-me aqui, meu filho. E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha; mas onde está o cordeiro para o holocausto?8E respondeu Abraão: Deus se proverá de cordeiro para o holocausto, filho meu. E iam juntos.
9E quando chegaram ao lugar que Deus lhe havia dito, edificou ali Abraão um altar, e compôs a lenha, e amarrou a Isaque seu filho, e pôs-lhe no altar sobre a lenha.10E estendeu Abraão sua mão, e tomou a espada, para degolar a seu filho.
11Então o anjo do SENHOR lhe gritou do céu, e disse: Abraão, Abraão. E ele respondeu: Eis-me aqui.12E disse: Não estendas tua mão sobre o jovem, nem lhe faças nada; que já conheço que temes a Deus, pois que não me recusaste o teu filho, o teu único;
13Então levantou Abraão seus olhos, e olhou, e eis um carneiro a suas costas preso em um arbusto por seus chifres: e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-lhe em holocausto em lugar de seu filho.14E chamou Abraão o nome daquele lugar, O SENHOR proverá. Portanto se diz hoje: No monte do SENHOR se proverá.
15E chamou o anjo do SENHOR a Abraão segunda vez desde o céu,16E disse: Por mim mesmo jurei, diz o SENHOR, que porquanto fizeste isto, e não me recusaste teu filho, teu único;17certamente te abençoarei, e multiplicarei tua descendência como as estrelas do céu, e como a areia que está na beira do mar; e tua descendência possuirá as portas de seus inimigos:
18Em tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz.19E voltou Abraão a seus servos, e levantaram-se e se foram juntos a Berseba; e habitou Abraão em Berseba.
20E aconteceu depois destas coisas, que foi dada notícia a Abraão, dizendo: Eis que também Milca havia dado à luz filhos a Naor teu irmão:21A Uz seu primogênito, e a Buz seu irmão, e a Quemuel pai de Arã.22E a Quésede, e a Hazo, e a Pildas, e a Jidlafe, e a Betuel.
23E Betuel gerou a Rebeca. Estes oito deu à luz Milca a Naor, irmão de Abraão.24E sua concubina, que se chamava Reumá, deu à luz também a Tebá, e a Gaã, e a Taás, e a Maaca.
231E foi a vida de Sara cento e vinte e sete anos; estes foram os anos da vida de Sara.2E morreu Sara em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã; e Abraão veio para ficar de luto por Sara e para chorar por ela.
3E levantou-se Abraão de diante de sua morta, e falou aos filhos de Hete, dizendo:4Peregrino e estrangeiro sou entre vós; dá-me propriedade de sepultura convosco, e sepultarei minha falecida de diante de mim.
5E responderam os filhos de Hete a Abraão, e disseram-lhe:6Ouve-nos, senhor meu, és um príncipe de Deus entre nós; no melhor de nossas sepulturas sepulta a tua falecida; nenhum de nós te impedirá sua sepultura, para que enterres tua falecida.
7E Abraão se levantou, e inclinou-se ao povo daquela terra, aos filhos de Hete;8E falou com eles, dizendo: Se queres que eu sepulte minha falecida de diante de mim, ouvi-me, e intercedei por mim com Efrom, filho de Zoar,9Para que me dê a caverna de Macpela, que tem na extremidade de sua propriedade: que por seu justo preço a dê a mim, para possessão de sepultura em meio de vós.
10Este Efrom achava-se entre os filhos de Hete: e respondeu Efrom Heteu a Abraão, aos ouvidos dos filhos de Hete, de todos os que entravam pela porta de sua cidade, dizendo:11Não, senhor meu, ouve-me: eu te dou a propriedade, e te dou também a caverna que está nela; diante dos filhos de meu povo a dou a ti; sepulta tua falecida.
12E Abraão se inclinou diante do povo da terra.13E respondeu a Efrom aos ouvidos do povo da terra, dizendo: Antes, se for do teu agrado, rogo-te que me ouças; eu darei o preço da propriedade, toma-o de mim, e sepultarei nela minha falecida.
14E respondeu Efrom a Abraão, dizendo-lhe:15Senhor meu, escuta-me: a terra vale quatrocentos siclos de prata: que é isto entre mim e ti? Enterra, pois, tua falecida.16Então Abraão concordou com Efrom, e pesou Abraão a Efrom o dinheiro que disse, ouvindo-o os filhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, de acordo com o padrão dos mercadores.
17E ficou a propriedade de Efrom que estava em Macpela em frente de Manre, a propriedade e a caverna que estava nela, e todas as árvores que havia na herança, e em todo o seu termo ao derredor,18Para Abraão em possessão, à vista dos filhos de Hete, e de todos os que entravam pela porta da cidade.
19E depois disto sepultou Abraão a Sara, sua mulher, na caverna da propriedade de Macpela em frente de Manre, que é Hebrom na terra de Canaã.20E ficou a propriedade e a caverna que nela havia, para Abraão, em possessão de sepultura adquirida dos filhos de Hete.
241E Abraão era velho, e cheio de dias; e o SENHOR havia abençoado a Abraão em tudo.2E disse Abraão a um criado seu, o mais velho de sua casa, que era o que governava em tudo o que tinha: Põe agora tua mão debaixo de minha coxa,3E te juramentarei pelo SENHOR, Deus dos céus e Deus da terra, que não tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, entre os quais eu habito;4Em vez disso irás à minha terra e à minha parentela, e tomarás mulher para meu filho Isaque.
5E o criado lhe respondeu: Talvez a mulher não queira vir atrás de mim a esta terra; farei voltar, pois, teu filho à terra de onde saíste?6E Abraão lhe disse: Guarda-te que não faças voltar a meu filho ali.7O SENHOR, Deus dos céus, que me tomou da casa de meu pai e da terra de minha parentela, e me falou e me jurou, dizendo: À tua descendência darei esta terra; ele enviará seu anjo diante de ti, e tu tomarás dali mulher para meu filho.
8E se a mulher não quiser vir atrás de ti, serás livre deste meu juramento; somente que não faças voltar ali a meu filho.9Então o criado pôs sua mão debaixo da coxa de Abraão seu senhor, e jurou-lhe sobre este negócio.
10E o criado tomou dez camelos dos camelos de seu senhor, e foi-se, pois tinha à sua disposição todos os bens de seu senhor: e posto em caminho, chegou à Mesopotâmia, à cidade de Naor.11E fez ajoelhar os camelos fora da cidade, junto a um poço de água, à hora da tarde, à hora em que saem as moças por água.
12E disse: SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, dá-me, te rogo, o ter hoje bom encontro, e faze misericórdia com meu senhor Abraão.13Eis que eu estou junto à fonte de água, e as filhas dos homens desta cidade saem por água:14Seja, pois, que a moça a quem eu disser: Baixa teu cântaro, te rogo, para que eu beba; e ela responder: Bebe, e também darei de beber a teus camelos: que seja esta a que tu destinaste para teu servo Isaque; e nisto conhecerei que haverás feito misericórdia com meu senhor.
15E aconteceu que antes que ele acabasse de falar, eis que Rebeca, que havia nascido a Betuel, filho de Milca, mulher de Naor irmão de Abraão, a qual saía com seu cântaro sobre seu ombro.16E a moça era de muito belo aspecto, virgem, à que homem não havia conhecido; a qual desceu à fonte, e encheu seu cântaro, e se voltava.
17Então o criado correu até ela, e disse: Rogo-te que me dês a beber um pouco de água de teu cântaro.18E ela respondeu: Bebe, meu senhor; e apressou-se a baixar seu cântaro sobre sua mão, e lhe deu a beber.
19E quando acabou de dar-lhe de beber, disse: Também para teus camelos tirarei água, até que acabem de beber.20E apressou-se, e esvaziou seu cântaro no bebedouro, e correu outra vez ao poço para tirar água, e tirou para todos os seus camelos.
21E o homem estava maravilhado dela, permanecendo calado, para saber se o SENHOR havia prosperado ou não sua viagem.22E foi que quando os camelos acabaram de beber, presenteou-lhe o homem um pendente de ouro que pesava meio siclo, e dois braceletes que pesavam dez;23E disse: De quem és filha? Rogo-te me digas, há lugar em casa de teu pai onde possamos passar a noite?
24E ela respondeu: Sou filha de Betuel, filho de Milca, o qual deu à luz ela a Naor.25E acrescentou: Também há em nossa casa palha e muita forragem, e lugar para passar a noite.
26O homem então se inclinou, e adorou ao SENHOR.27E disse: Bendito seja o SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, que não afastou sua misericórdia e sua verdade de meu senhor, guiando-me o SENHOR no caminho à casa dos irmãos de meu senhor.
28E a moça correu, e fez saber na casa de sua mãe estas coisas.29E Rebeca tinha um irmão que se chamava Labão, o qual correu fora ao homem, à fonte;30E foi que quando viu o pendente e os braceletes nas mãos de sua irmã, que dizia, Assim me falou aquele homem; veio a ele: e eis que estava junto aos camelos à fonte.
31E disse-lhe: Vem, bendito do SENHOR; por que estás fora? eu limpei a casa, e o lugar para os camelos.32Então o homem veio à casa, e Labão desatou os camelos; e deu-lhes palha e forragem, e água para lavar os pés dele, e os pés dos homens que com ele vinham.
33E puseram diante dele comida; mas ele disse: Não comerei até que tenha dito minha mensagem. E ele lhe disse: Fala.34Então disse: Eu sou criado de Abraão;35E o SENHOR abençoou muito a meu senhor, e ele se engrandeceu: e lhe deu ovelhas e vacas, prata e ouro, servos e servas, camelos e asnos.
36E Sara, mulher de meu senhor, deu à luz em sua velhice um filho a meu senhor, quem lhe deu tudo quanto tem.37E meu senhor me fez jurar, dizendo: Não tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, em cuja terra habito;38Em vez disso irás à casa de meu pai, e à minha parentela, e tomarás mulher para meu filho.
39E eu disse: Talvez a mulher não queira me seguir.40Então ele me respondeu: O SENHOR, em cuja presença tenho andado, enviará seu anjo contigo, e fará teu caminho ser bem-sucedido; e tomarás mulher para meu filho de minha linhagem e da casa de meu pai;41Então serás livre de meu juramento, quando houveres chegado à minha linhagem; e se não a derem a ti, serás livre de meu juramento.
42Cheguei, pois, hoje à fonte, e disse: SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, se tu fazes bem-sucedido agora meu caminho pelo qual ando;43Eis que eu estou junto à fonte de água; seja, pois, que a virgem que sair por água, à qual disser: Dá-me de beber, te rogo, um pouco de água de teu cântaro;44E ela me responder, Bebe tu, e também para teus camelos tirarei água: esta seja a mulher que destinou o SENHOR para o filho de meu senhor.
45E antes que acabasse de falar em meu coração, eis que Rebeca saía com seu cântaro sobre seu ombro; e desceu à fonte, e tirou água; e lhe disse: Rogo-te que me dês de beber.46E prontamente baixou seu cântaro de cima de si, e disse: Bebe, e também a teus camelos darei a beber. E bebi, e deu também de beber a meus camelos.
47Então lhe perguntei, e disse: De quem és filha? E ela respondeu: Filha de Betuel, filho de Naor, que Milca lhe deu. Então pus nela um pendente sobre seu nariz, e braceletes sobre suas mãos;48E inclinei-me, e adorei ao SENHOR, e bendisse ao SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, que me havia guiado pelo caminho de verdade para tomar a filha do irmão de meu senhor para seu filho.
49Agora, pois, se vós fazeis misericórdia e verdade com meu senhor, declarai-o a mim; e se não, declarai-o a mim; e irei embora à direita ou à esquerda.
50Então Labão e Betuel responderam e disseram: Do SENHOR saiu isto; não podemos falar-te mal nem bem.51Eis aí Rebeca diante de ti; toma-a e vai-te, e seja mulher do filho de teu senhor, como o disse o SENHOR.
52E foi, que quando o criado de Abraão ouviu suas palavras, inclinou-se à terra ao SENHOR.53E o criado tirou objetos de prata, objetos de ouro e roupas, e deu a Rebeca: também deu coisas preciosas a seu irmão e a sua mãe.
54E comeram e beberam ele e os homens que vinham com ele, e dormiram; e levantando-se de manhã, disse: Autorizai-me voltar a meu senhor.55Então respondeu seu irmão e sua mãe: Espere a moça conosco ao menos dez dias, e depois irá.
56E ele lhes disse: Não me detenhais, pois que o SENHOR fez prosperar meu caminho; despede-me para que me vá a meu senhor.57Eles responderam então: Chamemos a moça e perguntemos a ela.58E chamaram a Rebeca, e disseram-lhe: Irás tu com este homem? E ela respondeu: Sim, irei.
59Então deixaram ir a Rebeca sua irmã, e à sua criada, e ao criado de Abraão e a seus homens.60E abençoaram a Rebeca, e disseram-lhe: És nossa irmã; sejas em milhares de milhares, e tua geração possua a porta de seus inimigos.
61Levantou-se então Rebeca e suas moças, e subiram sobre os camelos, e seguiram ao homem; e o criado tomou a Rebeca, e foi embora.62E vinha Isaque do poço do Vivente que me vê; porque ele habitava na terra do Sul;
63E havia saído Isaque a orar ao campo, à hora da tarde; e levantando seus olhos, olhou, e eis os camelos que vinham.64Rebeca também levantou seus olhos, e viu a Isaque, e desceu do camelo;65Porque havia perguntado ao criado: Quem é este homem que vem pelo campo até nós? E o servo havia respondido: Este é meu senhor. Ela então tomou o véu, e cobriu-se.
66Então o criado contou a Isaque tudo o que havia feito.67E trouxe-a Isaque à tenda de sua mãe Sara, e tomou a Rebeca por mulher; e amou-a: e consolou-se Isaque depois da morte de sua mãe.
251E Abraão tomou outra mulher, cujo nome foi Quetura;2A qual lhe deu à luz a Zinrã, e a Jocsã, e a Medã, e a Midiã, e a Jisbaque, e a Suá.3E Jocsã gerou a Seba, e a Dedã: e filhos de Dedã foram Assurim, e Letusim, e Leummim.4E filhos de Midiã: Efá, e Efer, e Enoque, e Abida, e Elda. Todos estes foram filhos de Quetura.
5Mas Abraão deu tudo quanto tinha a Isaque.6E aos filhos de suas concubinas deu Abraão presentes, e enviou-os para longe de Isaque seu filho, enquanto ele vivia, até o oriente, à terra oriental.
7E estes foram os dias de vida que viveu Abraão: cento e setenta e cinco anos.8E expirou, e morreu Abraão em boa velhice, ancião e cheio de dias e foi unido a seu povo.
9E sepultaram-no Isaque e Ismael seus filhos na caverna de Macpela, na propriedade de Efrom, filho de Zoar Heteu, que está em frente de Manre;10Herança que comprou Abraão dos filhos de Hete; ali foi Abraão sepultado, e Sara sua mulher.11E sucedeu, depois de morto Abraão, que Deus abençoou a Isaque seu filho: e habitou Isaque junto a Beer-Laai-Roi.
12E estas são as gerações de Ismael, filho de Abraão, que lhe deu à luz Agar egípcia, serva de Sara:
13Estes, pois, são os nomes dos filhos de Ismael, por seus nomes, por suas linhagens: O primogênito de Ismael, Nebaiote; logo Quedar, e Adbeel, e Mibsão,14E Misma, e Dumá, e Massá,15Hadade, e Tema, e Jetur, e Nafis, e Quedemá.16Estes são os filhos de Ismael, e estes seus nomes por suas vilas e por seus acampamentos; doze príncipes por suas famílias.
17E estes foram os anos da vida de Ismael, cento e trinta e sete anos: e expirou Ismael, e morreu; e foi unido a seu povo.18E habitaram desde Havilá até Sur, que está em frente do Egito vindo a Assíria; e morreu em presença de todos os seus irmãos.
19E estas são as gerações de Isaque, filho de Abraão. Abraão gerou a Isaque:20E era Isaque de quarenta anos quando tomou por mulher a Rebeca, filha de Betuel arameu de Padã-Arã, irmã de Labão arameu.
21E orou Isaque ao SENHOR por sua mulher, que era estéril; e aceitou-o o SENHOR, e concebeu Rebeca sua mulher.22E os filhos se combatiam dentro dela; e disse: Se é assim para que vivo eu? E foi consultar ao SENHOR.
23E respondeu-lhe o SENHOR: Duas nações há em teu ventre, E dois povos serão divididos desde tuas entranhas: E um povo será mais forte que o outro povo, e o maior servirá ao menor.
24E quando se cumpriram seus dias para dar à luz, eis que havia gêmeos em seu ventre.25E saiu o primeiro ruivo, e todo ele peludo como uma veste; e chamaram seu nome Esaú.26E depois saiu seu irmão, pegando com sua mão o calcanhar de Esaú: e foi chamado seu nome Jacó. E era Isaque de idade de sessenta anos quando ela os deu à luz.
27E cresceram os meninos, e Esaú foi hábil na caça, homem do campo: Jacó porém era homem quieto, que habitava em tendas.28E amou Isaque a Esaú, porque comia de sua caça; mas Rebeca amava a Jacó.
29E cozinhou Jacó um guisado; e voltando Esaú do campo cansado,30Disse a Jacó: Rogo-te que me dês a comer disso vermelho, pois estou muito cansado. Portanto foi chamado seu nome Edom.
31E Jacó respondeu: Vende-me neste dia tua primogenitura.32Então disse Esaú: Eis que vou morrer; para que, pois, me servirá a primogenitura?33E disse Jacó: Jura-me hoje. E ele lhe jurou, e vendeu a Jacó sua primogenitura.34Então Jacó deu a Esaú pão e do guisado das lentilhas; e ele comeu e bebeu, e levantou-se, e foi-se. Assim menosprezou Esaú a primogenitura.
261E houve fome na terra, além da primeira fome que foi nos dias de Abraão: e foi-se Isaque a Abimeleque rei dos filisteus, em Gerar.
2E apareceu-lhe o SENHOR, e disse-lhe: Não desças ao Egito: habita na terra que eu te disser;3Habita nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua descendência darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que jurei a Abraão teu pai:
4E multiplicarei tua descendência como as estrelas do céu, e darei à tua descendência todas estas terras; e todas as nações da terra serão abençoadas em tua descendência.5Porquanto ouviu Abraão minha voz, e guardou meu preceito, meus mandamentos, meus estatutos e minhas leis.
6Habitou, pois, Isaque em Gerar.7E os homens daquele lugar lhe perguntaram acerca de sua mulher; e ele respondeu: É minha irmã; porque teve medo de dizer: É minha mulher; que talvez, disse, os homens do lugar me matem por causa de Rebeca; porque era de belo aspecto.8E sucedeu que, depois que ele esteve ali muitos dias, Abimeleque, rei dos filisteus, olhando por uma janela, viu a Isaque que acariciava Rebeca sua mulher.
9E chamou Abimeleque a Isaque, e disse: Eis que ela é certamente tua mulher: como, pois, disseste: É minha irmã? E Isaque lhe respondeu: Porque disse: Talvez eu morra por causa dela.10E Abimeleque disse: Por que nos fizeste isto? Por pouco haveria dormido alguém do povo com tua mulher, e haverias trazido sobre nós o pecado.11Então Abimeleque mandou a todo o povo, dizendo: O que tocar a este homem ou a sua mulher certamente morrerá.
12E semeou Isaque naquela terra, e achou aquele ano cem por um: e o SENHOR o abençoou.13E o homem se engrandeceu, e foi engrandecendo-se cada vez mais, até fazer-se muito poderoso:14E teve rebanho de ovelhas, e rebanho de vacas, e grande número de servos; e os filisteus tiveram inveja dele.
15E todos os poços que os criados de Abraão seu pai haviam aberto em seus dias, os filisteus os haviam fechado e enchido da terra.16E disse Abimeleque a Isaque: Aparta-te de nós, porque muito mais poderoso que nós te fizeste.17E Isaque se foi dali; e assentou suas tendas no vale de Gerar, e habitou ali.
18E voltou a abrir Isaque os poços de água que haviam aberto nos dias de Abraão seu pai, e que os filisteus haviam fechado, depois de Abraão ter morrido; e chamou-os pelos nomes que seu pai os havia chamado.
19E os servos de Isaque cavaram no vale, e acharam ali um poço de águas vivas.20E os pastores de Gerar brigaram com os pastores de Isaque, dizendo: A água é nossa: por isso chamou o nome do poço Eseque, porque haviam brigado com ele.
21E abriram outro poço, e também brigaram sobre ele: e chamou seu nome Sitna.22E apartou-se dali, e abriu outro poço, e não brigaram sobre ele: e chamou seu nome Reobote, e disse: Porque agora nos fez alargar o SENHOR e frutificaremos na terra.
23E dali subiu a Berseba.24E apareceu-lhe o SENHOR aquela noite, e disse: Eu sou o Deus de Abraão teu pai: não temas, que eu sou contigo, e eu te abençoarei, e multiplicarei tua descendência por causa do meu servo Abraão.25E edificou ali um altar, e invocou o nome do SENHOR, e estendeu ali sua tenda: e abriram ali os servos de Isaque um poço.
26E Abimeleque veio a ele desde Gerar, e Auzate, amigo seu, e Ficol, capitão de seu exército.27E disse-lhes Isaque: Por que vindes a mim, pois que haveis me odiado, e me expulsastes dentre vós?
28E eles responderam: Vimos que o SENHOR é contigo; e dissemos: Haja agora juramento entre nós, entre nós e ti, e faremos aliança contigo:29Que não nos faças mal, como nós não te tocamos, y como somente te fizemos bem, e te enviamos em paz: tu agora, bendito do SENHOR.
30Então ele lhes fez banquete, e comeram e beberam.31E se levantaram de madrugada, e juraram um ao outro; e Isaque os despediu, e eles se partiram dele em paz.
32E naquele dia sucedeu que vieram os criados de Isaque, e deram-lhe notícias acerca do poço que haviam aberto, e lhe disseram: Achamos água.33E chamou-o Seba: por cuja causa o nome daquela cidade é Berseba até hoje.
34E quando Esaú foi de quarenta anos, tomou por mulher a Judite filha de Beeri heteu, e a Basemate filha de Elom heteu:35E foram amargura de espírito a Isaque e a Rebeca.
271E aconteceu que quando havia Isaque envelhecido, e seus olhos se ofuscaram ficando sem vista, chamou a Esaú, seu filho o maior, e disse-lhe: Meu filho. E ele respondeu: Eis-me aqui.2E ele disse: Eis que já sou velho, não sei o dia de minha morte:
3Toma, pois, agora tuas armas, tua aljava e teu arco, e sai ao campo, e pega-me caça;4E faze-me um guisado, como eu gosto, e traze-o a mim, e comerei: para que te abençoe minha alma antes que morra.
5E Rebeca estava ouvindo, quando falava Isaque a Esaú seu filho: e foi-se Esaú ao campo para pegar a caça que havia de trazer.6Então Rebeca falou a Jacó seu filho, dizendo: Eis que eu ouvi a teu pai que falava com Esaú teu irmão, dizendo:7Traze-me caça, e faze-me um guisado, para que coma, e te abençoe diante do SENHOR antes que eu morra.
8Agora, pois, filho meu, obedece à minha voz no que te mando;9Vai agora ao gado, e traze-me dali dois bons cabritos das cabras, e farei deles iguarias para teu pai, como ele gosta;10E tu as levarás a teu pai, e comerá, para que te abençoe antes de sua morte.
11E Jacó disse a Rebeca sua mãe: Eis que Esaú meu irmão é homem peludo, e eu liso:12Talvez meu pai me apalpe, e me terá por enganador, e trarei sobre mim maldição e não bênção.
13E sua mãe respondeu: Filho meu, sobre mim tua maldição: somente obedece à minha voz, e vai e traze-os a mim.14Então ele foi, e tomou, e trouxe-os à sua mãe: e sua mãe fez guisados, como seu pai gostava.
15E tomou Rebeca as roupas de Esaú seu filho maior, as melhores, que ela tinha em casa, e vestiu a Jacó seu filho menor:16E fez-lhe vestir sobre suas mãos e sobre o pescoço onde não tinha pelo, as peles dos cabritos das cabras;17E entregou os guisados e o pão que havia preparado, em mão de Jacó seu filho.
18E ele foi a seu pai, e disse: Meu pai: e ele respondeu: Eis-me aqui, quem és, filho meu?19E Jacó disse a seu pai: Eu sou Esaú teu primogênito; fiz como me disseste: levanta-te agora, e senta, e come de minha caça, para que me abençoe tua alma.
20Então Isaque disse a seu filho: Como é que a achaste tão depressa, filho meu? E ele respondeu: Porque o SENHOR teu Deus fez que se encontrasse diante de mim.21E Isaque disse a Jacó: Aproxima-te agora, e te apalparei, filho meu, para que eu saiba se és meu filho Esaú ou não.
22E chegou-se Jacó a seu pai Isaque; e ele lhe apalpou, e disse: A voz é a voz de Jacó, mas as mãos, as mãos de Esaú.23E não lhe reconheceu, porque suas mãos eram peludas como as mãos de Esaú: e lhe abençoou.
24E disse: És tu meu filho Esaú? E ele respondeu: Eu sou.25E disse: Aproxima-a a mim, e comerei da caça de meu filho, para que te abençoe minha alma; e ele a aproximou, e comeu: trouxe-lhe também vinho, e bebeu.
26E disse-lhe Isaque seu pai: Aproxima-te agora, e beija-me, filho meu.27E ele se chegou, e lhe beijou; e cheirou Isaque o cheiro de suas roupas, e lhe abençoou, e disse: Eis que o cheiro de meu filho é como o cheiro do campo que o SENHOR abençoou;
28Deus, pois, te dê do orvalho do céu, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto.
29Sirvam-te povos, E nações se inclinem a ti: Sê senhor de teus irmãos, e inclinem-se a ti os filhos de tua mãe; malditos os que te amaldiçoarem, e benditos os que te abençoarem.
30E aconteceu, logo que havia Isaque de abençoar a Jacó, e apenas havia saído Jacó de diante de Isaque seu pai, que Esaú seu irmão veio de sua caça.31E também ele fez guisado, e trouxe a seu pai, e disse-lhe: Levante-se meu pai, e coma da caça de seu filho, para que me abençoe tua alma.
32Então Isaque seu pai lhe disse: Quem és tu? E ele disse: Eu sou teu filho, teu primogênito, Esaú.33E Estremeceu-se Isaque com grande estremecimento, e disse: Quem é o que veio aqui, que agarrou caça, e me trouxe, e comi de tudo antes que viesses? Eu o abençoei, e será bendito.
34Quando Esaú ouviu as palavras de seu pai clamou com uma muito grande e muito amarga exclamação, e lhe disse: Abençoa também a mim, meu pai.35E ele disse: Veio teu irmão com engano, e tomou tua bênção.
36E ele respondeu: Bem chamaram seu nome Jacó, que já me enganou duas vezes; tirou minha primogenitura, e eis que agora tomou minha bênção. E disse: Não guardaste bênção para mim?37Isaque respondeu e disse a Esaú: Eis que eu o pus por senhor teu, e lhe dei por servos a todos os seus irmãos: de trigo e de vinho lhe provi: que, pois, farei a ti agora, filho meu?
38E Esaú respondeu a seu pai: Não tens mais que uma só bênção, meu pai? Abençoa também a mim, meu pai. E levantou Esaú sua voz, e chorou.
39Então Isaque seu pai falou e disse-lhe: Eis que será tua habitação sem gorduras da terra, E sem orvalho dos céus de acima;40E por tua espada viverás, e a teu irmão servirás: E sucederá quando te dominares, Que descarregarás seu jugo de teu pescoço.
41E odiou Esaú a Jacó pela bênção com que lhe havia abençoado, e disse em seu coração: Chegarão os dias do luto de meu pai, e eu matarei a Jacó meu irmão.42E foram ditas a Rebeca as palavras de Esaú seu filho mais velho: e ela enviou e chamou a Jacó seu filho mais novo, e disse-lhe: Eis que, Esaú teu irmão se consola acerca de ti com a ideia de matar-te.
43Agora, pois, filho meu, obedece à minha voz; levanta-te, e foge-te a Labão meu irmão, a Harã.44E mora com ele alguns dias, até que a ira de teu irmão se diminua;45Até que se aplaque a ira de teu irmão contra ti, e se esqueça do que lhe fizeste: eu enviarei então, e te trarei dali: por que serei privada de vós ambos em um dia?
46E disse Rebeca a Isaque: Desgosto tenho de minha vida, por causa das filhas de Hete. Se Jacó toma mulher das filhas de Hete, como estas, das filhas desta terra, para que quero a vida?
281Então Isaque chamou a Jacó, e o abençoou, e mandou-lhe dizendo: Não tomes mulher das filhas de Canaã.2Levanta-te, vai a Padã-Arã, à casa de Betuel, pai de tua mãe, e toma ali mulher das filhas de Labão, irmão de tua mãe.
3E o Deus Todo-Poderoso te abençoe e te faça frutificar, e te multiplique, até vir a ser congregação de povos;4E te dê a bênção de Abraão, e à tua descendência contigo, para que herdes a terra de tuas peregrinações, que Deus deu a Abraão.
5Assim enviou Isaque a Jacó, o qual foi a Padã-Arã, a Labão, filho de Betuel arameu, irmão de Rebeca, mãe de Jacó e de Esaú.
6E viu Esaú como Isaque havia abençoado a Jacó, e lhe havia enviado a Padã-Arã, para tomar para si mulher dali; e que quando lhe abençoou, lhe havia mandado, dizendo: Não tomarás mulher das filhas de Canaã;7E que Jacó havia obedecido a seu pai e a sua mãe, e se havia ido a Padã-Arã.
8Viu também Esaú que as filhas de Canaã pareciam mal a Isaque seu pai;9E foi-se Esaú a Ismael, e tomou para si por mulher a Maalate, filha de Ismael, filho de Abraão, irmã de Nebaiote, além de suas outras mulheres.
10E saiu Jacó de Berseba, e foi a Harã;11E encontrou com um lugar, e dormiu ali porque já o sol se havia posto: e tomou das pedras daquele lugar e pôs à sua cabeceira, e deitou-se naquele lugar.
12E sonhou, e eis uma escada que estava apoiada em terra, e seu topo tocava no céu: e eis que anjos de Deus subiam e desciam por ela.13E eis que o SENHOR estava no alto dela, o qual disse: Eu sou o SENHOR, o Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque: a terra em que estás deitado a darei a ti e à tua descendência.
14E será tua descendência como o pó da terra, e te estenderás ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul; e todas as famílias da terra serão abençoadas em ti e em tua descendência.15E eis que eu sou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra; porque não te deixarei até tanto que tenha feito o que te disse.
16E despertou Jacó de seu sonho disse: Certamente o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia.17E teve medo, e disse: Quão terrível é este lugar! Não é outra coisa que casa de Deus, e porta do céu.
18E levantou-se Jacó de manhã, e tomou a pedra que havia posto de cabeceira, e levantou-a por coluna, e derramou azeite sobre ela.19E chamou o nome daquele lugar Betel, ainda que o nome da cidade antes era Luz.
20E fez Jacó voto, dizendo: Se for Deus comigo, e me guardar nesta viagem que vou, e me der pão para comer e roupa para vestir,21E se voltar em paz à casa de meu pai, o SENHOR será meu Deus,22E esta pedra que pus por coluna, será casa de Deus; e de tudo o que me deres, darei o dízimo a ti.
291E seguiu Jacó seu caminho, e foi à terra dos orientais.2E olhou, e viu um poço no campo: e eis três rebanhos de ovelhas que estavam deitados próximo dele; porque daquele poço davam de beber aos gados: e havia uma grande pedra sobre a boca do poço.3E juntavam-se ali todos os rebanhos; e revolviam a pedra de sobre a boca do poço, e davam de beber às ovelhas; e voltavam a pedra sobre a boca do poço a seu lugar.
4E disse-lhes Jacó: Irmãos meus, de onde sois? E eles responderam: De Harã somos.5E ele lhes disse: Conheceis a Labão, filho de Naor? E eles disseram: Sim, nós o conhecemos.6E ele lhes disse: Ele está bem? E eles disseram: Está bem; e eis que Raquel sua filha vem com o gado.
7E ele disse: Eis que ainda é cedo do dia; não é hora de recolher o gado; dai de beber às ovelhas, e ide apascentá-las.8E eles responderam: Não podemos, até que se juntem todos os gados, e removam a pedra de sobre a boca do poço, para que demos de beber às ovelhas.
9Estando ainda ele falando com eles Raquel veio com o gado de seu pai, porque ela era a pastora.10E sucedeu que, quando Jacó viu Raquel, filha de Labão irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, o irmão de sua mãe, chegou-se Jacó, e removeu a pedra de sobre a boca do poço, e deu de beber ao gado de Labão irmão de sua mãe.
11E Jacó beijou a Raquel, e levantou sua voz, e chorou.12E Jacó disse a Raquel como ele era irmão de seu pai, e como era filho de Rebeca: e ela correu, e deu as novas a seu pai.
13E assim que ouviu Labão as novas de Jacó, filho de sua irmã, correu a recebê-lo, e abraçou-o, e beijou-o, e trouxe-lhe à sua casa: e ele contou a Labão todas estas coisas.14E Labão lhe disse: Certamente és osso meu e carne minha. E esteve com ele durante um mês.
15Então disse Labão a Jacó: Por ser tu meu irmão, me hás de servir de graça? Declara-me o que será teu salário.16E Labão tinha duas filhas: o nome da mais velha era Lia, e o nome da mais nova, Raquel.17E os olhos de Lia eram tenros, mas Raquel era de lindo semblante e de bela aparência.18E Jacó amou a Raquel, e disse: Eu te servirei sete anos por Raquel tua filha mais nova.
19E Labão respondeu: Melhor é que a dê a ti, que não que a dê a outro homem: fica-te comigo.20Assim serviu Jacó por Raquel sete anos: e pareceram-lhe como poucos dias, porque a amava.
21E disse Jacó a Labão: Dá-me minha mulher, porque meu tempo é cumprido para que me deite com ela.22Então Labão juntou a todos os homens daquele lugar, e fez banquete.
23E sucedeu que à noite tomou sua filha Lia, e a trouxe; e ele se deitou com ela.24E deu Labão sua serva Zilpa à sua filha Lia por criada.25E vinda a manhã, eis que era Lia: e ele disse a Labão: Que é isto que me fizeste? Não te servi por Raquel? Por que, pois, me enganaste?
26E Labão respondeu: Não se faz assim em nosso lugar, que se dê a mais nova antes da mais velha.27Cumpre a semana desta, e se te dará também a outra, pelo serviço que fizeres comigo por outros sete anos.
28E fez Jacó assim, e cumpriu a semana daquela; e ele lhe deu a sua filha Raquel por mulher.29E deu Labão a Raquel sua filha por criada a sua serva Bila.30E deitou-se também com Raquel: e amou-a também mais que a Lia: e serviu a ele ainda outros sete anos.
31E viu o SENHOR que Lia era mal-amada, e abriu sua madre; mas Raquel era estéril.32E concebeu Lia, e deu à luz um filho, e chamou seu nome Rúben, porque disse: Já que olhou o SENHOR minha aflição; agora, portanto, meu marido me amará.
33E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, e disse: Porquanto ouviu o SENHOR que eu era mal-amada, me deu também este. E chamou seu nome Simeão.34E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, e disse: Agora esta vez meu marido se apegará a mim, porque lhe dei três filhos; portanto, chamou seu nome Levi.
35E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, e disse: Esta vez louvarei ao SENHOR; por isto chamou seu nome Judá; e deixou de dar à luz.
301E vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã, e dizia a Jacó: Dá-me filhos, ou senão, morro.2E Jacó se irritava contra Raquel, e dizia: Estou eu em lugar de Deus, que te impediu o fruto de teu ventre?
3E ela disse: Eis aqui minha serva Bila; deita-te com ela, e dará à luz sobre meus joelhos, e eu também terei filhos por meio dela.4Assim lhe deu a Bila sua serva por mulher; e Jacó se deitou com ela.
5E concebeu Bila, e deu à luz a Jacó um filho.6E disse Raquel: Julgou-me Deus, e também ouviu minha voz, e deu-me um filho. Portanto chamou seu nome Dã.
7E concebeu outra vez Bila, a serva de Raquel, e deu à luz o segundo filho a Jacó.8E disse Raquel: Com lutas de Deus disputei com minha irmã, e venci. E chamou seu nome Naftali.
9E vendo Lia que havia deixado de dar à luz, tomou a Zilpa sua serva, e deu-a a Jacó por mulher.10E Zilpa, serva de Lia, deu à luz a Jacó um filho.11E disse Lia: Veio a boa sorte. E chamou seu nome Gade.
12E Zilpa, a sirva de Lia, deu à luz outro filho a Jacó.13E disse Lia: Para alegria minha; porque as mulheres me chamarão de feliz; e chamou seu nome Aser.
14E foi Rúben em tempo da colheita dos trigos, e achou mandrágoras no campo, e trouxe-as a sua mãe Lia; e disse Raquel a Lia: Rogo-te que me dês das mandrágoras de teu filho.15E ela respondeu: É pouco que tenhas tomado meu marido, mas também levarás as mandrágoras de meu filho? E disse Raquel: Ele, pois, dormirá contigo esta noite pelas mandrágoras de teu filho.
16E quando Jacó voltava do campo à tarde, Lia saiu ao encontro dele, e lhe disse: Deitarás comigo, porque em verdade te aluguei em troca das mandrágoras de meu filho. E dormiu com ela naquela noite.17E ouviu Deus a Lia; e concebeu, e deu à luz a Jacó o quinto filho.18E disse Lia: Deus me deu minha recompensa, porque dei minha serva a meu marido; por isso chamou seu nome Issacar.
19E concebeu Lia outra vez, e deu à luz o sexto filho a Jacó.20E disse Lia: Deus me deu uma boa dádiva: agora meu marido morará comigo, porque lhe dei seis filhos; e chamou seu nome Zebulom.21E depois deu à luz uma filha, e chamou seu nome Diná.
22E lembrou-se Deus de Raquel, e Deus a ouviu, e abriu sua madre.23E concebeu, e deu à luz um filho: e disse: Deus tirou minha humilhação;24E chamou seu nome José, dizendo: Acrescente-me o SENHOR outro filho.
25E aconteceu, quando Raquel havia dado à luz a José, que Jacó disse a Labão: Permite-me ir embora, e irei a meu lugar, e à minha terra.26Dá-me minhas mulheres e meus filhos, pelas quais servi contigo, e deixa-me ir; pois tu sabes os serviços que te fiz.
27E Labão lhe respondeu: Ache eu agora favor em teus olhos, e fica-te; experimentei que o SENHOR me abençoou por tua causa.28E disse: Define-me teu salário, que eu o darei.
29E ele respondeu: Tu sabes como te servi, e como esteve teu gado comigo;30Porque pouco tinhas antes de minha vinda, e cresceu em grande número; e o SENHOR te abençoou com minha chegada: e agora quando tenho de fazer eu também por minha própria casa?
31E ele disse: Que te darei? E respondeu Jacó: Não me dês nada; se fizeres por mim isto, voltarei a apascentar tuas ovelhas.32Eu passarei hoje por todas tuas ovelhas, pondo à parte todas as reses manchadas e de cor variada, e todas as reses de cor escura entre as ovelhas, e as manchadas e de cor variada entre as cabras; e isto será meu salário.
33Assim responderá por mim minha justiça amanhã quando me vier meu salário diante de ti: toda a que não for pintada nem manchada nas cabras e de cor escura nas ovelhas minhas, se me há de ter para furto.34E disse Labão: Eis que seja como tu dizes.
35Porém ele separou naquele mesmo dia os machos de bode rajados e manchados; e todas as cabras manchadas e de cor variada, e toda rês que tinha em si algo de branco, e todas as de cor escura entre as ovelhas, e as pôs em mãos de seus filhos;36E pôs três dias de caminho entre si e Jacó: e Jacó apascentava as outras ovelhas de Labão.
37E tomou para si Jacó varas de álamo verdes, e de aveleira, e de plátano, e descascou nelas mondaduras brancas, descobrindo assim o branco das varas.38E pôs as varas que havia riscado nos bebedouros, diante do gado, nos bebedouros da água aonde vinham a beber as ovelhas, as quais se aqueciam vindo a beber.
39E concebiam as ovelhas diante das varas, e geravam crias listradas, pintadas e salpicadas de diversas cores.40E separava Jacó os cordeiros, e os punha com seu rebanho, os listradas, e tudo o que era escuro no rebanho de Labão. E punha seu rebanho à parte, e não o punha com as ovelhas de Labão.
41E sucedia que quantas vezes se aqueciam as fortes, Jacó punha as varas diante das ovelhas nos bebedouros, para que concebessem à vista das varas.42E quando vinham as ovelhas fracas, não as punha: assim eram as fracas para Labão, e as fortes para Jacó.
43E cresceu o homem muito, e teve muitas ovelhas, e servas, servos, camelos, e asnos.
311E ouvia ele as palavras dos filhos de Labão que diziam: Jacó tomou tudo o que era de nosso pai; e do que era de nosso pai adquiriu toda esta grandeza.2Olhava também Jacó o semblante de Labão, e via que não era para com ele como antes.3Também o SENHOR disse a Jacó: Volta-te à terra de teus pais, e à tua parentela; que eu serei contigo.
4E enviou Jacó, e chamou a Raquel e a Lia ao campo a suas ovelhas,5E disse-lhes: Vejo que o semblante de vosso pai não é para comigo como antes: mas o Deus de meu pai tem sido comigo.6E vós sabeis que com todas minhas forças servi a vosso pai:
7E vosso pai me enganou, e me mudou o salário dez vezes: mas Deus não lhe permitiu que me fizesse mal.8Se ele dizia assim: Os pintados serão teu salário; então todas as ovelhas geravam pintados: e se dizia assim: Os listrados serão teu salário; então todas as ovelhas geravam listrados.9Assim tirou Deus o gado de vosso pai, e deu-o a mim.
10E sucedeu que ao tempo que as ovelhas se aqueciam, levantei eu meus olhos e vi em sonhos, e eis que os machos que cobriam às fêmeas eram listrados, pintados e malhados.11E disse-me o anjo de Deus em sonhos: Jacó. E eu disse: Eis-me aqui.
12E ele disse: Levanta agora teus olhos, e verás todos os machos que cobrem às ovelhas são listrados, pintados e malhados; porque eu vi tudo o que Labão te fez.13Eu sou o Deus de Betel, onde tu ungiste a coluna, e onde me fizeste um voto. Levanta-te agora, e sai desta terra, e volta-te à terra de teu nascimento.
14E respondeu Raquel e Lia, e disseram-lhe: Temos ainda parte ou herança na casa de nosso pai?15Não nos tem já como por estranhas, pois que nos vendeu, e ainda consumiu de todo nosso valor?16Porque toda a riqueza que Deus tirou a nosso pai, nossa é e de nossos filhos: agora, pois, faze tudo o que Deus te disse.
17Então se levantou Jacó, e subiu seus filhos e suas mulheres sobre os camelos.18E pôs em caminho todo seu gado, e todos os seus pertences que havia adquirido, o gado de seu ganho que havia obtido em Padã-Arã, para voltar-se a Isaque seu pai na terra de Canaã.
19E Labão havia ido tosquiar suas ovelhas; e Raquel furtou os ídolos de seu pai.20E enganou Jacó o coração de Labão arameu, em não lhe fazer saber que se fugia.21Fugiu, pois, com tudo o que tinha; e levantou-se, e passou o rio, e pôs seu rosto ao monte de Gileade.
22E foi dito a Labão ao terceiro dia como Jacó havia fugido.23Então tomou a seus irmãos consigo, e foi atrás dele caminho de sete dias, e alcançou-lhe no monte de Gileade.
24E veio Deus a Labão arameu em sonhos aquela noite, e lhe disse: Guarda-te que não fales a Jacó descomedidamente.25Alcançou, pois, Labão a Jacó, e este havia fixado sua tenda no monte: e Labão pôs a sua com seus irmãos no monte de Gileade.
26E disse Labão a Jacó: Que fizeste, que me furtaste o coração, e trouxeste a minhas filhas como prisioneiras de guerra?27Por que te escondeste para fugir, e me furtaste, e não me deste notícia, para que eu te enviasse com alegria e com cantares, com tamborim e harpa?28Que ainda não me deixaste beijar meus filhos e minhas filhas. Agora loucamente fizeste.
29Poder há em minha mão para fazer-vos mal; mas o Deus de vosso pai me falou de noite dizendo: Guarda-te que não fales a Jacó descomedidamente.30E já que te ias, porque tinhas saudade da casa de teu pai, por que me furtaste meus deuses?
31E Jacó respondeu, e disse a Labão: Pois tive medo; porque disse, que talvez me tirasse à força tuas filhas.32Em quem achares teus deuses, não viva: diante de nossos irmãos reconhece o que eu tiver teu, e leva-o. Jacó não sabia que Raquel havia os furtado.
33E entrou Labão na tenda de Jacó, e na tenda de Lia, e na tenda das duas servas, e não os achou, e saiu da tenda de Lia, e veio à tenda de Raquel.
34E tomou Raquel os ídolos, e os pôs em uma albarda de um camelo, e sentou-se sobre eles: e provou Labão toda a tenda e não os achou.35E ela disse a seu pai: Não se ire meu senhor, porque não me posso levantar diante de ti; pois estou com o costume das mulheres. E ele buscou, mas não achou os ídolos.
36Então Jacó se irou, e brigou com Labão; e respondeu Jacó e disse a Labão: Que transgressão é a minha? Qual é meu pecado, que com tanto ardor vieste a me perseguir?37Depois que apalpaste todos os meus móveis, acaso achaste algum dos objetos de tua casa? Põe-o aqui diante de meus irmãos e teus, e julguem entre nós ambos.
38Estes vinte anos estive contigo; tuas ovelhas e tuas cabras nunca abortaram, nem eu comi carneiro de tuas ovelhas.39Nunca te trouxe o arrebatado pelas feras; eu pagava o dano; o furtado tanto de dia como de noite, de minha mão o exigias.40De dia me consumia o calor, e de noite a geada, e o sono se fugia de meus olhos.
41Assim estive vinte anos em tua casa: catorze anos te servi por tuas duas filhas, e seis anos por teu gado; e mudaste meu salário dez vezes.42Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão, e o temor de Isaque, não fossem comigo, certamente me enviarias agora vazio; Deus viu minha aflição e o trabalho de minhas mãos, e repreendeu-te de noite.
43E respondeu Labão, e disse a Jacó: As filhas são filhas minhas, e os filhos, filhos meus são, e as ovelhas são minhas ovelhas, e tudo o que tu vês é meu; e que posso eu fazer hoje a estas minhas filhas, ou a seus filhos que elas geraram?44Vem, pois, agora, façamos aliança eu e tu; e seja em testemunho entre mim e ti.
45Então Jacó tomou uma pedra, e levantou-a por coluna.46E disse Jacó a seus irmãos: Recolhei pedras. E tomaram pedras e fizeram um amontoado; e comeram ali sobre aquele amontoado.47E Labão o chamou Jegar-Saaduta; e Jacó o chamou Galeede.
48Porque Labão disse: Este amontoado é testemunha hoje entre mim e entre ti; por isso foi chamado seu nome Galeede.49E Mispá, porquanto disse: Vigie o SENHOR entre mim e entre ti, quando nos separarmos um do outro.50Se afligires minhas filhas, ou se tomares outras mulheres além de minhas filhas, ninguém está conosco; olha, Deus é testemunha entre mim e ti.
51Disse mais Labão a Jacó: Eis que este amontoado, e eis que esta coluna, que erigi entre mim e ti.52Testemunha seja este amontoado, e testemunha seja esta coluna, que nem eu passarei contra ti este amontoado, nem tu passarás contra mim este amontoado nem esta coluna, para o mal.53O Deus de Abraão, e o Deus de Naor julgue entre nós, o Deus de seus pais. E Jacó jurou pelo temor de Isaque seu pai.
54Então Jacó ofereceu sacrifícios no monte, e chamou seus parentes para comer pão; e comeram pão, e dormiram aquela noite no monte.55E levantou-se Labão de manhã, beijou seus filhos e suas filhas, e os abençoou; e retrocedeu e voltou a seu lugar.
321E Jacó se foi seu caminho, e saíram-lhe ao encontro anjos de Deus.2E disse Jacó quando os viu: Este é o acampamento de Deus; e chamou o nome daquele lugar Maanaim.
3E enviou Jacó mensageiros diante de si a Esaú seu irmão, à terra de Seir, campo de Edom.4E mandou-lhes dizendo: Assim direis a mim senhor Esaú: Assim diz teu servo Jacó: Com Labão morei, e detive-me até agora;5E tenho vacas, e asnos, e ovelhas, e servos, e servas; e envio a dizê-lo a meu senhor, para achar favor em teus olhos.
6E os mensageiros voltaram a Jacó, dizendo: Viemos a teu irmão Esaú, e ele também veio a receber-te, e quatrocentos homens com ele.7Então Jacó teve grande temor, e angustiou-se; e partiu o povo que tinha consigo, e as ovelhas e as vacas e os camelos, em dois grupos;8E disse: Se vier Esaú a um grupo e o ferir, o outro grupo escapará.
9E disse Jacó: Deus de meu pai Abraão, e Deus de meu pai Isaque, o SENHOR, que me disseste: Volta-te à tua terra e à tua parentela, e eu te farei bem.10Menor sou que todas as misericórdias, e que toda a verdade que usaste para com teu servo; que com meu bordão passei este Jordão, e agora estou sobre dois grupos.
11Livra-me agora da mão de meu irmão, da mão de Esaú, porque o temo; não venha talvez, e me fira a mãe com os filhos.12E tu disseste: Eu te farei bem, e tornarei tua descendência como a areia do mar, que não se pode contar de tão numerosa.
13E dormiu ali aquela noite, e tomou do que lhe veio à mão um presente para seu irmão Esaú.14Duzentas cabras e vinte machos de bode, duzentas ovelhas e vinte carneiros,15Trinta camelas de cria, com seus filhotes, quarenta vacas e dez novilhos, vinte asnas e dez jumentos.16E entregou-o em mão de seus servos, cada manada à parte; e disse a seus servos: Passai diante de mim, e ponde espaço entre manada e manada.
17E mandou ao primeiro, dizendo: Se meu irmão Esaú te encontrar, e te perguntar, dizendo De quem és? E: Para onde vais? E: para quem é isto que levas diante de ti?18Então dirás: Presente é de teu servo Jacó, que envia a meu senhor Esaú; e eis que também ele vem atrás de nós.
19E mandou também ao segundo, e ao terceiro, e a todos os que iam atrás aquelas manadas, dizendo: Conforme isto falareis a Esaú, quando o achardes.20E direis também: Eis que teu servo Jacó vem atrás de nós. Porque disse: Apaziguarei sua ira com o presente que vai adiante de mim, e depois verei seu rosto; talvez lhe serei aceito.21E passou o presente adiante dele; e ele dormiu aquela noite no acampamento.
22E levantou-se aquela noite, e tomou suas duas mulheres, e suas duas servas, e seus onze filhos, e passou o vau de Jaboque.23Tomou-os, pois, e passou-os o ribeiro, e fez passar o que tinha.
24E ficou Jacó sozinho, e lutou com ele um homem até que raiava a alva.25E quando viu que não podia com ele, tocou no lugar da juntura de sua coxa, e desconjuntou-se a coxa de Jacó enquanto com ele lutava.26E disse: Deixa-me, que raia a alva. E ele disse: Não te deixarei, se não me abençoares.
27E ele lhe disse: Qual é teu nome? E ele respondeu: Jacó.28E ele disse: Não se dirá mais teu nome Jacó, mas sim Israel: porque lutaste com Deus e com os homens, e venceste.
29Então Jacó lhe perguntou, e disse: Declara-me agora teu nome. E ele respondeu: Por que perguntas por meu nome? E abençoou-o ali.30E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel: porque vi a Deus face a face, e foi livrada minha alma.
31E saiu-lhe o sol quando passou a Peniel; e andava mancando de sua coxa.32Por isto até o dia de hoje os filhos de Israel não comem do tendão que se contrai, o qual está na juntura da coxa; porque o homem tocou a Jacó este lugar de sua coxa no tendão que se contrai.
331E levantando Jacó seus olhos, olhou, e eis que vinha Esaú, e os quatrocentos homens com ele: então repartiu ele os filhos entre Lia e Raquel e as duas servas.2E pôs as servas e seus filhos adiante; logo a Lia e a seus filhos; e a Raquel e a José os últimos.3E ele passou diante deles, e inclinou-se à terra sete vezes, até que chegou a seu irmão.
4E Esaú correu a seu encontro, e abraçou-lhe, e lançou-se sobre seu pescoço, e o beijou; e choraram.5E levantou seus olhos, e viu as mulheres e os filhos, e disse: Quem são estes que estão contigo? E ele respondeu: São os filhos que Deus deu a teu servo.
6E se chegaram as servas, elas e seus meninos, e inclinaram-se.7E chegou-se Lia com seus filhos, e inclinaram-se: e depois chegou José e Raquel, e também se inclinaram.8E ele disse: Qual é a tua intenção com todos estes grupos que encontrei? E ele respondeu: Achar favor aos olhos de meu senhor.
9E disse Esaú: Tenho o bastante, meu irmão; seja para ti o que é teu.10E disse Jacó: Não, eu te rogo, se achei agora favor em teus olhos, toma meu presente de minha mão, pois vi teu rosto como se houvesse visto o rosto de Deus; e me aceitaste.11Toma, eu te rogo, minha dádiva que te é trazida; porque Deus me fez misericórdia, e tudo o que há aqui é meu. E insistiu com ele, e tomou-a.
12E disse: Anda, e vamos; e eu irei adiante de ti.13E ele lhe disse: Meu senhor sabe que os meninos são tenros, e que tenho ovelhas e vacas de cria; e se as cansam, em um dia morrerão todas as ovelhas.14Passe agora meu senhor diante de seu servo, e eu me irei pouco a pouco ao passo do gado que vai adiante de mim, e à passagem dos meninos, até que chegue a meu senhor a Seir.
15E Esaú disse: Deixarei agora contigo da gente que vem comigo. E ele disse: Para que isto? ache eu favor aos olhos de meu senhor.16Assim se voltou Esaú aquele dia por seu caminho a Seir.17E Jacó se partiu a Sucote, e edificou ali casa para si, e fez abrigos para seu gado; por isso chamou o nome daquele lugar Sucote.
18E veio Jacó são à cidade de Siquém, que está na terra de Canaã, quando vinha de Padã-Arã; e acampou diante da cidade.19E comprou uma parte do campo, onde estendeu sua tenda, da mão dos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de moeda.20E erigiu ali um altar, e chamou-lhe: Deus, o Deus de Israel.
341E saiu Diná a filha de Lia, a qual esta havia dado a Jacó, para ver as mulheres nativas.2E viu-a Siquém, filho de Hamor heveu, príncipe daquela terra, e tomou-a, e deitou-se com ela, e a desonrou.3Mas sua alma se apegou a Diná a filha de Lia, e apaixonou-se pela moça, e falou ao coração da jovem.
4E falou Siquém a Hamor seu pai, dizendo: Toma-me por mulher esta moça.5E ouviu Jacó que havia Siquém violado a Diná sua filha: e estando seus filhos com seu gado no campo, Jacó ficou em silêncio até que eles viessem.
6E dirigiu-se Hamor pai de Siquém a Jacó, para falar com ele.7E os filhos de Jacó vieram do campo quando o souberam; e se entristeceram os homens, e se irritaram muito, porque fez depravação em Israel por ter se deitado com a filha de Jacó, o que não se devia haver feito.
8E Hamor falou com eles, dizendo: A alma de meu filho Siquém se apegou à vossa filha; rogo-vos que a deis por mulher.9E aparentai-vos conosco; dai-nos vossas filhas, e tomai vós as nossas.10E habitai conosco; porque a terra estará diante de vós; morai e negociai nela, e tomai nela possessão.
11Siquém também disse a seu pai e a seus irmãos: Ache eu favor em vossos olhos, e darei o que me disserdes.12Aumentai muito a exigência de meu dote e presentes, que eu darei quanto me disserdes, e dá-me a moça por mulher.13E responderam os filhos de Jacó a Siquém e a Hamor seu pai com engano; e falaram, porquanto havia violado a sua irmã Diná.
14E disseram-lhes: Não podemos fazer isto de dar nossa irmã a homem que tem prepúcio; porque entre nós é abominação.15Mas com esta condição vos consentiremos: se haveis de ser como nós, que se circuncide entre vós todo homem;16Então vos daremos nossas filhas, e tomaremos nós as vossas; e habitaremos convosco, e seremos um povo.17Mas se não nos prestardes ouvido para vos circuncidar, tomaremos nossa filha, e nos iremos.
18E pareceram bem seus palavras a Hamor e a Siquém, filho de Hamor.19E não tardou o jovem fazer aquilo, porque a filha de Jacó lhe havia agradado: e ele era o mais honrado de toda a casa de seu pai.
20Então Hamor e Siquém seu filho vieram à porta de sua cidade, e falaram aos homens de sua cidade, dizendo:21Estes homens são pacíficos conosco, e habitarão no país, e comercializarão nele; pois eis que a terra é bastante ampla para eles; nós tomaremos suas filhas por mulheres, e lhes daremos as nossas.
22Mas com esta condição nos estes homens consentirão em habitar conosco, para que sejamos um povo: se se circuncidar em nós todo homem, assim como eles são circuncidados.23Seus gados, e sua riqueza e todos seus animais, serão nossas; somente concordemos com eles, e habitarão conosco.
24E obedeceram a Hamor e a Siquém seu filho todos os que saíam pela porta da cidade, e circuncidaram a todo homem, dentre os que saíam pela porta de sua cidade.25E sucedeu que ao terceiro dia, quando sentiam eles a maior dor, os dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um sua espada, e vieram contra a cidade animosamente, e mataram a todo homem.26E a Hamor e a seu filho Siquém mataram a fio de espada; e tomaram a Diná de casa de Siquém, e saíram.
27E os filhos de Jacó vieram aos mortos e saquearam a cidade; porquanto haviam violado à sua irmã.28Tomaram suas ovelhas e vacas e seus asnos, e o que havia na cidade e no campo,29E todos os seus pertences; se levaram cativos a todos as suas crianças e suas mulheres, e roubaram tudo o que havia nas casas.
30Então disse Jacó a Simeão e a Levi: Vós me perturbastes em fazer-me detestável aos moradores desta terra, os cananeus e os ferezeus; e tendo eu poucos homens, se juntarão contra mim, e me ferirão, e serei destruído eu e minha casa.31E eles responderam Havia ele de tratar à nossa irmã como à uma prostituta?
351E disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel, e fica ali; e faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias de teu irmão Esaú.2Então Jacó disse à sua família e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses alheios que há entre vós, e limpai-vos, e mudai vossas roupas.3E levantemo-nos, e subamos a Betel; e farei ali altar ao Deus que me respondeu no dia de minha angústia, e foi comigo no caminho que andei.
4Assim deram a Jacó todos os deuses alheios que havia em poder deles, e os brincos que estavam em suas orelhas; e Jacó os escondeu debaixo de um carvalho, que estava junto a Siquém.5E partiram-se, e o terror de Deus foi sobre as cidades que havia em seus arredores, e não seguiram atrás dos filhos de Jacó.
6E chegou Jacó a Luz, que está em terra de Canaã, (esta é Betel) ele e todo o povo que com ele estava;7E edificou ali um altar, e chamou o lugar El-Betel, porque ali lhe havia aparecido Deus, quando fugia de seu irmão.8Então morreu Débora, ama de Rebeca, e foi sepultada às raízes de Betel, debaixo de um carvalho: e chamou-se seu nome Alom-Bacute.
9E apareceu-se outra vez Deus a Jacó, quando se havia voltado de Padã-Arã, e abençoou-lhe.10E disse-lhe Deus: Teu nome é Jacó; não se chamará mais teu nome Jacó, mas sim Israel será teu nome: e chamou seu nome Israel.
11E disse-lhe Deus: Eu sou o Deus Todo-Poderoso: cresce e multiplica-te; uma nação e conjunto de nações procederá de ti, e reis sairão de teus lombos:12E a terra que eu dei a Abraão e a Isaque, a darei a ti: e à tua descendência depois de ti darei a terra.13E foi-se dele Deus, do lugar onde com ele havia falado.
14E Jacó erigiu uma coluna no lugar onde havia falado com ele, uma coluna de pedra, e derramou sobre ela libação, e deitou sobre ela azeite.15E chamou Jacó o nome daquele lugar onde Deus havia falado com ele, Betel.
16E partiram de Betel, e havia ainda como alguma distância para chegar a Efrata, quando deu à luz Raquel, e houve trabalho em seu parto.17E aconteceu, que quando havia trabalho em seu parto, disse-lhe a parteira: Não temas, que também terás este filho.18E aconteceu que ao sair dela a alma, (pois morreu) chamou seu nome Benoni; mas seu pai o chamou Benjamim.19Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata, a qual é Belém.20E pôs Jacó uma coluna sobre sua sepultura: esta é a coluna da sepultura de Raquel até hoje.
21E partiu Israel, e estendeu sua tenda da outra parte de Migdal-Eder.22E aconteceu, morando Israel naquela terra, que foi Rúben e dormiu com Bila a concubina de seu pai; o qual chegou a entender Israel. Agora bem, os filhos de Israel foram doze:
23Os filhos de Lia: Rúben o primogênito de Jacó, e Simeão, e Levi, e Judá, e Issacar, e Zebulom.24Os filhos de Raquel: José, e Benjamim.25E os filhos de Bila, serva de Raquel: Dã, e Naftali.
26E os filhos de Zilpa, serva de Lia: Gade, e Aser. Estes foram os filhos de Jacó, que lhe nasceram em Padã-Arã.27E veio Jacó a Isaque seu pai a Manre, à cidade de Arba, que é Hebrom, onde habitaram Abraão e Isaque.
28E foram os dias de Isaque cento e oitenta anos.29E expirou Isaque, e morreu, e foi recolhido a seus povos, velho e farto de dias; e sepultaram-no Esaú e Jacó seus filhos.
361E estas são as gerações de Esaú, o qual é Edom.2Esaú tomou suas mulheres das filhas de Canaã: a Ada, filha de Elom heteu, e a Oolibama, filha de Aná, filha de Zibeão os heveus;3E a Basemate, filha de Ismael, irmã de Nebaiote.
4E Ada deu à luz de Esaú a Elifaz; e Basemate deu à luz a Reuel.5E Oolibama deu à luz a Jeús, e a Jalão, e a Corá: estes são os filhos de Esaú, que lhe nasceram na terra de Canaã.
6E Esaú tomou suas mulheres, e seus filhos, e suas filhas, e todas as pessoas de sua casa, e seus gados, e todos seus animais, e todos os seus pertences que havia adquirido na terra de Canaã, e foi-se a outra terra de diante de Jacó seu irmão.7Porque a riqueza deles era grande, e não podiam habitar juntos, nem a terra de sua peregrinação os podia sustentar por causa de seus gados.8E Esaú habitou no monte de Seir: Esaú é Edom.
9Estas são as linhagens de Esaú, pai de Edom, no monte de Seir.10Estes são os nomes dos filhos de Esaú: Elifaz, filho de Ada, mulher de Esaú; Reuel, filho de Basemate, mulher de Esaú.11E os filhos de Elifaz foram Temã, Omar, Zefô, Gatã, e Quenaz.12E Timna foi concubina de Elifaz, filho de Esaú, a qual lhe deu à luz a Amaleque: estes são os filhos de Ada, mulher de Esaú.
13E os filhos de Reuel foram Naate, Zerá, Samá, e Mizá: estes são os filhos de Basemate, mulher de Esaú.14Estes foram os filhos de Oolibama, mulher de Esaú, filha de Aná, que foi filha de Zibeão: ela deu à luz de Esaú a Jeús, Jalão, e Corá.
15Estes são os duques dos filhos de Esaú. Filhos de Elifaz, primogênito de Esaú: o duque Temã, o duque Omar, o duque Zefô, o duque Quenaz,16O duque Corá, o duque Gatã, e o duque Amaleque: estes são os duques de Elifaz na terra de Edom; estes foram os filhos de Ada.
17E estes são os filhos de Reuel, filho de Esaú: o duque Naate, o duque Zerá, o duque Samá, e o duque Mizá: estes são os duques da linha de Reuel na terra de Edom; estes filhos vêm de Basemate, mulher de Esaú.18E estes são os filhos de Oolibama, mulher de Esaú: o duque Jeús, o duque Jalão, e o duque Corá: estes foram os duques que saíram de Oolibama, mulher de Esaú, filha de Aná.19Estes, pois, são os filhos de Esaú, e seus duques: ele é Edom.
20E estes são os filhos de Seir horeu, moradores daquela terra: Lotã, Sobal, Zibeão, Aná,21Disom, Eser, e Disã: estes são os duques dos horeus, filhos de Seir na terra de Edom.22Os filhos de Lotã foram Hori e Hemã; e Timna foi irmã de Lotã.
23E os filhos de Sobal foram Alvã, Manaate, Ebal, Sefô, e Onã.24E os filhos de Zibeão foram Aiá, e Aná. Este Aná é o que descobriu as fontes termais no deserto, quando apascentava os asnos de Zibeão seu pai.
25Os filhos de Aná foram Disom, e Oolibama, filha de Aná.26E estes foram os filhos de Disom: Hendã, Esbã, Itrã, e Querã.27E estes foram os filhos de Eser: Bilã, Zaavã, e Acã.28Estes foram os filhos de Disã: Uz, e Harã.
29E estes foram os duques dos horeus: o duque Lotã, o duque Sobal, o duque Zibeão, o duque Aná.30O duque Disom, o duque Eser, o duque Disã: estes foram os duques dos horeus: por seus ducados na terra de Seir.
31E os reis que reinaram na terra de Edom, antes que reinasse rei sobre os filhos de Israel, foram estes:32Belá, filho de Beor, reinou em Edom: e o nome de sua cidade foi Dinabá.33E morreu Belá, e reinou em seu lugar Jobabe, filho de Zerá, de Bozra.
34E morreu Jobabe, e em seu lugar reinou Husão, da terra de Temã.35E morreu Husão, e reinou em seu lugar Hadade, filho de Bedade, o que feriu a Midiã no campo de Moabe: e o nome de sua cidade foi Avite.36E morreu Hadade, e em seu lugar reinou Samlá, de Masreca.
37E morreu Samlá, e reinou em seu lugar Saul, de Reobote do rio.38E morreu Saul, e em seu lugar reinou Baal-Hanã, filho de Acbor.39E morreu Baal-Hanã, filho de Acbor, e reinou Hadar em seu lugar: e o nome de sua cidade foi Paú; e o nome de sua mulher Meetabel, filha de Matrede, filha de Mezaabe.
40Estes, pois, são os nomes dos duques de Esaú por suas linhagens, por seus lugares, e seus nomes: o duque Timna, o duque Alva, o duque Jetete,41O duque Oolibama, o duque Elá, o duque Pinom,42O duque Quenaz, o duque Temã, o duque Mibzar,43O duque Magdiel, e o duque Hirão. Estes foram os duques de Edom por suas habitações na terra de sua possessão. Edom é o mesmo Esaú, pai dos edomitas.
371E habitou Jacó na terra onde peregrinou seu pai, na terra de Canaã.2Estas foram as gerações de Jacó. José, sendo de idade de dezessete anos apascentava as ovelhas com seus irmãos; e o jovem estava com os filhos de Bila, e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai: e contava José a seu pai as más notícias acerca deles.
3E amava Israel a José mais que a todos os seus filhos, porque lhe havia tido em sua velhice: e lhe fez uma roupa de diversas cores.4E vendo seus irmãos que seu pai o amava mais que a todos os seus irmãos, odiavam-lhe, e não lhe podiam falar pacificamente.
5E sonhou José um sonho e contou-o a seus irmãos; e eles vieram a odiar-lhe mais ainda.6E ele lhes disse: Ouvi agora este sonho que sonhei:
7Eis que atávamos feixes no meio do campo, e eis que meu feixe se levantava, e estava em pé, e que vossos feixes estavam ao redor, e se inclinavam ao meu.8E responderam-lhe seus irmãos: Reinarás tu sobre nós, ou serás tu senhor sobre nós? E o odiaram ainda mais por causa de seus sonhos e de suas palavras.
9E sonhou ainda outro sonho, e contou-o a seus irmãos, dizendo: Eis que sonhei outro sonho, e eis que o sol e a lua e onze estrelas se inclinavam a mim.10E contou-o a seu pai e a seus irmãos: e seu pai lhe repreendeu, e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Viremos eu e tua mãe, e teus irmãos, a nos inclinarmos a ti em terra?11E seus irmãos lhe tinham inveja, mas seu pai guardava isso em mente.
12E foram seus irmãos a apascentar as ovelhas de seu pai em Siquém.13E disse Israel a José: Teus irmãos apascentam as ovelhas em Siquém: vem, e te enviarei a eles. E ele respondeu: Eis-me aqui.14E ele lhe disse: Vai agora, olha como estão teus irmãos e como estão as ovelhas, e traze-me a resposta. E enviou-o do vale de Hebrom, e chegou a Siquém.
15E achou-o um homem, andando ele perdido pelo campo, e perguntou-lhe aquele homem, dizendo: Que buscas?16E ele respondeu: Busco a meus irmãos: rogo-te que me mostres onde apascentam.17E aquele homem respondeu: Já se foram daqui; eu lhes ouvi dizer: Vamos a Dotã. Então José foi atrás de seus irmãos, e achou-os em Dotã.
18E quando eles o viram de longe, antes que perto deles chegasse, tramaram contra ele para matar-lhe.19E disseram um ao outro: Eis que vem o sonhador;20Agora, pois, vinde, e o matemos e o lancemos em uma cisterna, e diremos: Alguma fera selvagem o devorou: e veremos que serão seus sonhos.
21E quando Rúben ouviu isto, livrou-o de suas mãos e disse: Não o matemos.22E disse-lhes Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cisterna que está no deserto, e não ponhais mão nele; para livrá-lo assim de suas mãos, para fazê-lo virar a seu pai.
23E sucedeu que, quando chegou José a seus irmãos, eles fizeram desnudar a José sua roupa, a roupa de cores que tinha sobre si;24E tomaram-no, e lançaram-lhe na cisterna; mas a cisterna estava vazia, não havia nela água.
25E sentaram-se a comer pão: e levantando os olhos olharam, e eis uma companhia de ismaelitas que vinha de Gileade, e seus camelos traziam aromas e bálsamo e mirra, e iam a levá-lo ao Egito.26Então Judá disse a seus irmãos: Que proveito há em que matemos a nosso irmão e encubramos sua morte?
27Vinde, e o vendamos aos ismaelitas, e não seja nossa mão sobre ele; que nosso irmão é nossa carne. E seus irmãos concordaram com ele.28E quando passavam os midianitas mercadores, tiraram eles a José da cisterna, e trouxeram-lhe acima, e o venderam aos ismaelitas por vinte peças de prata. E levaram a José ao Egito.
29E Rúben voltou à cisterna, e não achou a José dentro, e rasgou suas roupas.30E voltou a seus irmãos e disse: O jovem não aparece; e eu, aonde irei eu?
31Então eles tomaram a roupa de José, e degolaram um cabrito das cabras, e tingiram a roupa com o sangue;32E enviaram a roupa de cores e trouxeram-na a seu pai, e disseram: Achamos isto, reconhece agora se é ou não a roupa de teu filho.33E ele a reconheceu, e disse: A roupa de meu filho é; alguma fera selvagem o devorou; José foi despedaçado.
34Então Jacó rasgou suas roupas, e pôs saco sobre seus lombos, e fez luto por seu filho muitos dias.35E levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas para consolá-lo; mas ele não quis tomar consolação, e disse: Porque eu tenho de descer a meu filho com luto até à sepultura. E chorou por ele seu pai.36E os midianitas o venderam no Egito a Potifar, oficial de Faraó, capitão dos da guarda.
381E aconteceu naquele tempo, que Judá desceu da presença de seus irmãos, e foi-se a um homem adulamita, que se chamava Hira.2E viu ali Judá a filha de um homem cananeu, o qual se chamava Sua; e tomou-a, e se deitou com ela:
3A qual concebeu, e deu à luz um filho; e chamou seu nome Er.4E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, e chamou seu nome Onã.5E voltou a conceber, e deu à luz um filho, e chamou seu nome Selá. E estava em Quezibe quando o deu à luz.
6E Judá tomou mulher para seu primogênito Er, a qual se chamava Tamar.7E Er, o primogênito de Judá, foi mau aos olhos do SENHOR, e tirou-lhe o SENHOR a vida.
8Então Judá disse a Onã: Deita-te com mulher de teu irmão, e casa-te com ela, e suscita descendência a teu irmão.9E sabendo Onã que a descendência não havia de ser sua, sucedia que quando se deitava com mulher de seu irmão derramava em terra, para não dar descendência a seu irmão.10E desagradou aos olhos do SENHOR o que fazia, e também tirou a ele a vida.
11E Judá disse a Tamar sua nora: Fica-te viúva em casa de teu pai, até que cresça Selá meu filho; porque disse: Para que não aconteça que morra ele também como seus irmãos. E foi-se Tamar, e ficou em casa de seu pai.
12E passaram muitos dias, e morreu a filha de Sua, mulher de Judá; e Judá se consolou, e subia aos tosquiadores de suas ovelhas a Timna, ele e seu amigo Hira o adulamita.13E foi dado aviso a Tamar, dizendo: Eis que teu sogro sobe a Timna a tosquiar suas ovelhas.14Então tirou ela de sobre si as roupas de sua viuvez, e cobriu-se com um véu, e envolveu-se, e se pôs à porta das águas que estão junto ao caminho de Timna; porque via que havia crescido Selá, e ela não era dada a ele por mulher.
15E viu-a Judá, e teve-a por prostituta, porque havia ela coberto seu rosto.16E desviou-se do caminho até ela, e disse-lhe: Eia, pois, agora deitarei contigo; porque não sabia que era sua nora; e ela disse: Que me darás, se deitares comigo?
17Ele respondeu: Eu te enviarei do gado um cabrito das cabras. E ela disse: Terás de me dar penhor até que o envies.18Então ele disse: Que penhor te darei? Ela respondeu: Teu anel, e teu manto, e teu bordão que tens em tua mão. E ele lhe deu, e se deitou com ela, a qual concebeu dele.
19E levantou-se, e foi-se: e tirou o véu de sobre si, e vestiu-se das roupas de sua viuvez.20E Judá enviou o cabrito das cabras por meio de seu amigo o adulamita, para que tomasse o penhor da mão da mulher; mas não a achou.
21E perguntou aos homens daquele lugar, dizendo: Onde está a prostituta das águas junto ao caminho? E eles lhe disseram: Não esteve aqui prostituta.22Então ele se voltou a Judá, e disse: Não a achei; e também os homens do lugar disseram: Aqui não esteve prostituta.23E Judá disse: Tome ela dessas coisas para si, para que não sejamos menosprezados: eis que eu enviei este cabrito, e tu não a achaste.
24E aconteceu que ao fim de uns três meses foi dado aviso a Judá, dizendo: Tamar tua nora cometeu imoralidade sexual, e além disso está grávida das promiscuidades. E Judá disse: Tirai-a, e seja queimada.25E ela quando a tiravam, enviou a dizer a seu sogro: Do homem a quem pertence estas coisas, estou grávida: e disse mais: Olha agora a quem pertence estas coisas, o anel, e o manto, e o bordão.26Então Judá os reconheceu, e disse: Mais justa é que eu, porquanto não a dei a Selá meu filho. E nunca mais a conheceu.
27E aconteceu que ao tempo de dar à luz, eis que havia dois em seu ventre.28E sucedeu, quando dava à luz, que tirou a mão um, e a parteira tomou e amarrou à sua mão um fio de escarlate, dizendo: Este saiu primeiro.
29Porém foi que voltando ele a recolher a mão, eis que seu irmão saiu; e ela disse: Como fizeste sobre ti rompimento? E chamou seu nome Perez.30E depois saiu seu irmão, o que tinha em sua mão o fio de escarlate, e chamou seu nome Zerá.
391E levado José ao Egito, comprou-o Potifar, oficial de Faraó, capitão dos da guarda, homem egípcio, da mão dos ismaelitas que o haviam levado ali.2Mas o SENHOR foi com José, e foi homem próspero: e estava na casa de seu senhor o egípcio.
3E viu seu senhor que o SENHOR era com ele, e que tudo o que ele fazia, o SENHOR o fazia prosperar em sua mão.4Assim achou José favor em seus olhos, e servia-lhe; e ele lhe fez mordomo de sua casa, e entregou em seu poder tudo o que tinha.
5E aconteceu que, desde quando lhe deu o encargo de sua casa, e de tudo o que tinha, o SENHOR abençoou a casa do egípcio por causa de José; e a bênção do SENHOR foi sobre tudo o que tinha, tanto em casa como no campo.6E deixou tudo o que tinha em mão de José; nem com ele sabia de nada mais que do pão que comia. E era José de belo semblante e bela presença.
7E aconteceu depois disto, que a mulher de seu senhor pôs seus olhos em José, e disse: Dorme comigo.8E ele não quis, e disse à mulher de seu senhor: Eis que meu senhor não sabe comigo o que há em casa, e pôs em minha mão tudo o que tem:9Não há outro maior que eu nesta casa, e nenhuma coisa me há reservado a não ser a ti, porquanto tu és sua mulher; como, pois, faria eu este grande mal e pecaria contra Deus?
10E foi que falando ela a José cada dia, e não escutando-a ele para deitar-se ao lado dela, para estar com ela.11Aconteceu que entrou ele um dia em casa para fazer seu ofício, e não havia ninguém dos da casa ali em casa.12E pegou-o ela por sua roupa, dizendo: Dorme comigo. Então ele deixou sua roupa nas mãos dela, e fugiu, e saiu-se fora.
13E aconteceu que quando viu ela que lhe havia deixado sua roupa em suas mãos, e havia fugido fora,14Chamou aos de casa, e falou-lhes dizendo: Olhai que ele nos trouxe um hebreu, para que fizesse zombaria de nós: veio ele a mim para dormir comigo, e eu dei grandes vozes;15E vendo que eu erguia a voz e gritava, deixou junto a mim sua roupa, e fugiu, e saiu-se fora.
16E ela pôs junto a si a roupa dele, até que veio seu senhor à sua casa.17Então lhe falou ela semelhantes palavras, dizendo: O servo hebreu que nos trouxeste, veio a mim para desonrar-me;18E quando eu levantei minha voz e gritei, ele deixou sua roupa junto a mim, e fugiu fora.
19E sucedeu que quando ouviu seu senhor as palavras que sua mulher lhe falara, dizendo: Assim me tratou teu servo; acendeu-se seu furor.20E tomou seu senhor a José, e pôs-lhe na casa do cárcere, onde estavam os presos do rei, e esteve ali na casa do cárcere.
21Mas o SENHOR foi com José, e estendeu a ele sua misericórdia, e deu-lhe favor aos olhos do chefe da casa do cárcere.22E o chefe da casa do cárcere entregou em mão de José todos os presos que havia naquela prisão; tudo o que faziam ali, ele o fazia.23Não via o chefe do cárcere coisa alguma que em sua mão estava; porque o SENHOR era com ele, e o que ele fazia, o SENHOR o fazia prosperar.
401E aconteceu depois destas coisas, que o copeiro do rei do Egito e o padeiro transgrediram contra seu senhor o rei do Egito.2E irou-se Faraó contra seus dois eunucos, contra o principal dos copeiros, e contra o principal dos padeiros:3E os pôs em prisão na casa do capitão dos da guarda, na casa do cárcere onde José estava preso.
4E o capitão dos da guarda deu responsabilidade deles a José, e ele lhes servia: e estiveram dias na prisão.5E ambos, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que estavam detidos na prisão, viram um sonho, cada um seu sonho em uma mesma noite, cada um conforme a declaração de seu sonho.
6E veio a eles José pela manhã, e olhou-os, e eis que estavam tristes.7E ele perguntou àqueles oficiais de Faraó, que estavam com ele na prisão da casa de seu senhor, dizendo: Por que parecem hoje mal vossos semblantes?8E eles lhe disseram: Tivemos um sonho, e não há quem o declare. Então lhes disse José: Não são de Deus as interpretações? Contai-o a mim agora.
9Então o chefe dos copeiros contou seu sonho a José, e disse-lhe: Eu sonhava que via uma vide diante de mim,10E na vide três sarmentos; e ela como que brotava, e surgia sua flor, vindo a amadurecer seus cachos de uvas:11E que o copo de Faraó estava em minha mão, e tomava eu as uvas, e as espremia no copo de Faraó, e dava eu o copo em mão de Faraó.
12E disse-lhe José: Esta é sua declaração: Os três sarmentos são três dias:13Ao fim de três dias Faraó te fará levantar a cabeça, e te restituirá a teu posto: e darás o copo a Faraó em sua mão, como costumavas quando eras seu copeiro.
14Lembra-te, pois, de mim para contigo quando tiveres esse bem, e rogo-te que uses comigo de misericórdia, e faças menção de mim a Faraó, e me tires desta prisão:15Porque furtado fui da terra dos hebreus; e tampouco fiz aqui para que me houvessem de pôr no cárcere.
16E vendo o chefe dos padeiros que havia interpretado para o bem, disse a José: Também eu sonhava que via três cestos brancos sobre minha cabeça;17E no cesto mais alto havia de todos os alimentos de Faraó, obra de padeiro; e que as aves as comiam do cesto de sobre minha cabeça.
18Então respondeu José, e disse: Esta é sua declaração: Os três cestos três dias são;19Ao fim de três dias tirará Faraó tua cabeça de sobre ti, e te fará enforcar na forca, e as aves comerão tua carne de sobre ti.
20E foi o terceiro dia o dia do aniversário de Faraó, e fez banquete a todos os seus servos: e levantou a cabeça do chefe dos copeiros, e a cabeça do chefe dos padeiros, entre seus servos.21E fez voltar a seu ofício ao chefe dos copeiros; e deu ele o copo em mão de Faraó.22Mas fez enforcar ao principal dos padeiros, como lhe havia declarado José.23E o chefe dos copeiros não se lembrou de José, ao invés disso lhe esqueceu.
411E aconteceu que passados dois anos teve Faraó um sonho: Parecia-lhe que estava junto ao rio;2E que do rio subiam sete vacas, belas à vista, e muito gordas, e pastavam entre os juncos:3E que outras sete vacas subiam depois delas do rio, de feia aparência, e magras de carne, e pararam perto das vacas belas à beira do rio;
4E que as vacas de feia aparência e magras de carne devoravam as sete vacas belas e muito gordas. E despertou Faraó.5Dormiu de novo, e sonhou a segunda vez: Que sete espigas cheias e belas subiam de uma só haste:6E que outras sete espigas miúdas e abatidas do vento oriental, saíam depois delas:
7E as sete espigas miúdas devoravam as sete espigas espessas e cheias. E despertou Faraó, e eis que era sonho.8E aconteceu que à manhã estava movido seu espírito; e enviou e fez chamar a todos os magos do Egito, e a todos os seus sábios: e contou-lhes Faraó seus sonhos, mas não havia quem a Faraó os interpretasse.
9Então o chefe dos copeiros falou a Faraó, dizendo: Lembro-me hoje de minhas faltas:10Faraó se irou contra seus servos, e a mim me lançou à prisão da casa do capitão dos da guarda, a mim e ao chefe dos padeiros:11E eu e ele vimos um sonho uma mesma noite: cada um sonhou conforme a interpretação de seu sonho.
12E estava ali conosco um jovem hebreu, servente do capitão dos da guarda; e o contamos a ele, e ele nos interpretou nossos sonhos, e interpretou a cada um conforme seu sonho.13E aconteceu que como ele nos interpretou, assim foi: a mim me fez voltar a meu posto, e fez enforcar ao outro.
14Então Faraó enviou e chamou a José; e fizeram-lhe sair correndo do cárcere; e ele rapou-se a barba, mudou-se de roupas, e veio a Faraó.15E disse Faraó a José: Eu tive um sonho, e não há quem o interprete; mas ouvi dizer de ti, que ouves sonhos para os interpretar.16E respondeu José a Faraó, dizendo: Não está em mim; Deus será o que responda paz a Faraó.
17Então Faraó disse a José: Em meu sonho parecia-me que estava à beira do rio:18E que do rio subiam sete vacas de gordas carnes e bela aparência, que pastavam entre os juncos:
19E que outras sete vacas subiam depois delas, magras e de muito feio aspecto; tão abatidas, que não vi outras semelhantes em toda a terra do Egito em feiura:20E as vacas magras e feias devoravam as sete primeiras vacas gordas:21E entravam em suas entranhas, mas não se conhecia que houvesse entrado nelas, porque sua aparência era ainda má, como de antes. E eu despertei.
22Vi também sonhando, que sete espigas subiam em uma mesma haste, cheias e belas;23E que outras sete espigas miúdas, definhadas, abatidas do vento oriental, subiam depois delas:24E as espigas miúdas devoravam as sete espigas belas: e disse-o aos magos, mas não há quem o interprete a mim.
25Então respondeu José a Faraó: O sonho de Faraó é um mesmo: Deus mostrou a Faraó o que vai fazer.26As sete vacas belas são sete anos, e as espigas belas são sete anos; o sonho é um mesmo.
27Também as sete vacas magras e feias que subiam atrás elas, são sete anos; e as sete espigas miúdas e definhadas do vento oriental serão sete anos de fome.28Isto é o que respondo a Faraó. O que Deus vai fazer, mostrou-o a Faraó.29Eis que vêm sete anos de grande fartura toda a terra do Egito:
30E se levantarão depois eles sete anos de fome; e toda a fartura será esquecida na terra do Egito; e a fome consumirá a terra;31E aquela abundância não mais será vista por causa da fome seguinte, a qual será gravíssima.32E o suceder o sonho a Faraó duas vezes, significa que a coisa é firme da parte de Deus, e que Deus se apressa a fazê-la.
33Portanto, providencie Faraó agora um homem prudente e sábio, e ponha-o sobre a terra do Egito.34Faça isto Faraó, e ponha governadores sobre o país, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos da fartura;
35E juntem toda a provisão destes bons anos que vêm, e acumulem o trigo sob a mão de Faraó para mantimento das cidades; e guardem-no.36E esteja aquela provisão em depósito para o país, para os sete anos de fome que serão na terra do Egito; e o país não perecerá de fome.
37E o negócio pareceu bem a Faraó, e a seus servos.38E disse Faraó a seus servos: Acharemos outro homem como este, em quem haja espírito de Deus?
39E disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, não há entendido nem sábio como tu:40Tu serás sobre minha casa, e pelo que disseres se governará todo o meu povo; somente no trono serei eu maior que tu.41Disse mais Faraó a José: Eis que te pus sobre toda a terra do Egito.
42Então Faraó tirou seu anel de sua mão, e o pôs na mão de José, e fez-lhe vestir de roupas de linho finíssimo, e pôs um colar de ouro em seu pescoço;43E o fez subir em seu segundo carro, e proclamaram diante dele: Dobrai os joelhos; e pôs-lhe sobre toda a terra do Egito.
44E disse Faraó a José: Eu sou Faraó; e sem ti ninguém levantará sua mão nem seu pé toda a terra do Egito.45E chamou Faraó o nome de José, Zefenate-Paneia; e deu-lhe por mulher a Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om. E saiu José por toda a terra do Egito.
46E era José de idade de trinta anos quando foi apresentado diante de Faraó, rei do Egito: e saiu José de diante de Faraó, e transitou por toda a terra do Egito.47E fez a terra naqueles sete anos de fartura a amontoados.
48E ele juntou todo o mantimento dos sete anos que foram na terra do Egito, e guardou mantimento nas cidades, pondo em cada cidade o mantimento do campo de seus arredores.49E ajuntou José trigo como areia do mar, muito em extremo, até não se poder contar, porque não tinha número.
50E nasceram a José dois filhos antes que viesse o primeiro ano da fome, os quais lhe deu à luz Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om.51E chamou José o nome do primogênito Manassés; porque disse: Deus me fez esquecer todo o meu sofrimento, e toda a casa de meu pai.52E o nome do segundo chamou-o Efraim; porque disse: Deus me fez fértil na terra de minha aflição.
53E cumpriram-se os sete anos da fartura, que houve na terra do Egito.54E começaram a vir os sete anos de fome, como José havia dito: e houve fome em todos os países, mas em toda a terra do Egito havia pão.
55E quando se sentiu a fome toda a terra do Egito, o povo clamou a Faraó por pão. E disse Faraó a todos os egípcios: Ide a José, e fazei o que ele vos disser.56E a fome estava por toda a extensão do país. Então abriu José todo depósito de grãos onde havia, e vendia aos egípcios; porque havia crescido a fome na terra do Egito.57E toda a terra vinha ao Egito para comprar de José, porque por toda a terra havia aumentado a fome.
421E vendo Jacó que no Egito havia alimentos, disse a seus filhos: Por que estais olhando uns para os outros?2E disse: Eis que, eu ouvi que há alimentos no Egito; descei ali, e comprai dali para nós, para que possamos viver, e não nos morramos.3E desceram os dez irmãos de José a comprar trigo ao Egito.4Mas Jacó não enviou a Benjamim irmão de José com seus irmãos; porque disse: Não seja acaso que lhe aconteça algum desastre.
5E vieram os filhos de Israel a comprar entre os que vinham: porque havia fome na terra de Canaã.6E José era o senhor da terra, que vendia a todo o povo da terra: e chegaram os irmãos de José, e inclinaram-se a ele rosto por terra.
7E José quando viu seus irmãos, reconheceu-os; mas fez que não os conhecesse, e falou-lhes asperamente, e lhes disse: De onde viestes? Eles responderam: Da terra de Canaã, para comprar alimentos.8José, pois, reconheceu a seus irmãos; mas eles não o reconheceram.
9Então se lembrou José dos sonhos que havia tido deles, e disse-lhes: Sois espias; viestes ver a fraqueza do país.10E eles lhe responderam: Não, meu senhor; teus servos vieram comprar alimentos.11Todos nós somos filhos de um homem; somos homens honestos; teus servos nunca foram espias.
12E ele lhes disse: Não; viestes ver a fraqueza do país.13E eles responderam: Teus servos somos doze irmãos, filhos de um homem na terra de Canaã; e eis que o menor está hoje com nosso pai, e outro desapareceu.
14E José lhes disse: Isso é o que vos disse, afirmando que sois espias;15Nisto sereis provados: Vive Faraó que não saireis daqui, a não ser quando vosso irmão menor vier aqui.16Enviai um de vós, e traga a vosso irmão; e vós ficai presos, e vossas palavras serão provadas, se há verdade convosco: e se não, vive Faraó, que sois espias.17E juntou-os no cárcere por três dias.
18E ao terceiro dia disse-lhes José: Fazei isto, e vivei; eu temo a Deus;19Se sois homens honestos, fique preso na casa de vosso cárcere um de vossos irmãos; e vós ide, levai o alimento para a fome de vossa casa;20Porém haveis de trazer-me a vosso irmão mais novo, e serão comprovadas vossas palavras, e não morrereis. E eles o fizeram assim.
21E diziam um ao outro: Verdadeiramente pecamos contra nosso irmão, que vimos a angústia de sua alma quando nos rogava, e não o ouvimos; por isso veio sobre nós esta angústia.22Então Rúben lhes respondeu, dizendo: Não vos falei eu e disse: Não pequeis contra o jovem; e não escutastes? Eis que também o sangue dele é requerido.
23E eles não sabiam que os entendia José, porque havia intérprete entre eles.24E apartou-se ele deles, e chorou: depois voltou a eles, e lhes falou, e tomou dentre eles a Simeão, e aprisionou-lhe à vista deles.25E mandou José que enchessem seus sacos de trigo, e devolvessem o dinheiro de cada um deles, pondo-o em seu saco, e lhes dessem comida para o caminho; e fez-se assim com eles.
26E eles puseram seu trigo sobre seus asnos, e foram-se dali.27E abrindo um deles seu saco para dar de comer a seu asno no lugar de parada, viu seu dinheiro que estava na boca de seu saco.28E disse a seus irmãos: Meu dinheiro se me foi devolvido, e ainda ei-lo aqui em meu saco. Alarmou-se, então, o coração deles e, espantados, disseram um ao outro: Que é isto que Deus nos fez?
29E vindos a Jacó seu pai em terra de Canaã, contaram-lhe tudo o que lhes havia acontecido, dizendo:30Aquele homem, senhor da terra, nos falou asperamente, e nos tratou como espias da terra:31E nós lhe dissemos: Somos homens honestos, nunca fomos espias:32Somos doze irmãos, filhos de nosso pai; um desapareceu, e o menor está hoje com nosso pai na terra de Canaã.
33E aquele homem, senhor da terra, nos disse: Nisto conhecerei que sois homens honestos; deixai comigo um de vossos irmãos, e tomai para a fome de vossas casas, e ide,34E trazei-me a vosso irmão o mais novo, para que eu saiba que não sois espias, mas sim homens honestos: assim vos darei a vosso irmão, e negociareis na terra.
35E aconteceu que esvaziando eles seus sacos, eis que no saco de cada um estava o pacote de seu dinheiro: e vendo eles e seu pai os pacotes de seu dinheiro, tiveram temor.36Então seu pai Jacó lhes disse: Vós me privastes de meus filhos; José desapareceu, nem Simeão tampouco, e a Benjamim o levareis; contra mim são todas estas coisas.
37E Rúben falou a seu pai, dizendo: Podes matar meus dois filhos, se eu não o devolver a ti; entrega-o em minha mão, que eu o devolverei a ti.38E ele disse: Não descerá meu filho convosco; que seu irmão é morto, e ele somente restou; e se lhe acontecer algum desastre no caminho por onde vades, fareis descer minhas cãs com dor ao mundo dos mortos.
431E a fome era grande na terra.2E aconteceu que quando acabaram de comer o trigo que trouxeram do Egito, disse-lhes seu pai: Voltai, e comprai para nós um pouco de alimento.
3E respondeu Judá, dizendo: Aquele homem nos advertiu com ânimo decidido, dizendo: Não vereis meu rosto sem vosso irmão convosco.4Se enviares a nosso irmão conosco, desceremos e te compraremos alimento:5Porém se não lhe enviares, não desceremos: porque aquele homem nos disse: Não vereis meu rosto sem vosso irmão convosco.
6E disse Israel: Por que me fizestes tanto mal, declarando ao homem que tínheis mais irmão?7E eles responderam: Aquele homem nos perguntou expressamente por nós, e por nossa parentela, dizendo: Vive ainda vosso pai? Tendes outro irmão? E lhe declaramos conforme estas palavras. Podíamos nós saber que havia de dizer: Fazei vir a vosso irmão?
8Então Judá disse a Israel seu pai: Envia ao jovem comigo, e nos levantaremos e iremos, a fim que vivamos e não morramos nós, e tu, e nossos filhos.9Eu sou fiador dele; a mim me pedirás conta dele; se eu não o devolver a ti e o puser diante de ti, serei para ti o culpado todos os dias:10Que se não nos tivéssemos detido, certo agora teríamos já voltado duas vezes.
11Então Israel seu pai lhes respondeu: Pois que assim é, fazei-o; tomai do melhor da terra em vossos vasos, e levai àquele homem um presente, um pouco de bálsamo, e um pouco de mel, aromas e mirra, nozes e amêndoas.12E tomai em vossas mãos dobrado dinheiro, e levai em vossa mão o dinheiro que voltou nas bocas de vossos sacos; talvez tenha sido erro.
13Tomai também a vosso irmão, e levantai-vos, e voltai àquele homem.14E o Deus Todo-Poderoso vos dê misericórdias diante daquele homem, e vos solte ao outro vosso irmão, e a este Benjamim. E se eu tiver de ser privado de meus filhos, assim seja.15Então tomaram aqueles homens o presente, e tomaram em sua mão dobrado dinheiro, e a Benjamim; e se levantaram, e desceram ao Egito, e apresentaram-se diante de José.
16E viu José a Benjamim com eles, e disse ao mordomo de sua casa: Mete em casa a esses homens, e degola um animal, e prepara-o; porque estes homens comerão comigo ao meio-dia.17E fez o homem como José disse; e meteu aquele homem aos homens em casa de José.
18E aqueles homens tiveram temor, quando foram metidos na casa de José, e diziam: Pelo dinheiro que voltou em nossos sacos a primeira vez nos trouxeram aqui, para virem contra nós, e nos atacar, e tomar por servos a nós, e a nossos asnos.19E aproximaram-se do mordomo da casa de José, e lhe falaram à entrada da casa.20E disseram: Ai, senhor meu, nós em realidade de verdade descemos ao princípio a comprar alimentos:
21E aconteceu que quando viemos ao lugar de parada e abrimos nossos sacos, eis que o dinheiro de cada um estava na boca de seu saco, nosso dinheiro em seu justo peso; e o devolvemos em nossas mãos.22Trouxemos também em nossas mãos outro dinheiro para comprar alimentos: nós não sabemos quem pôs nosso dinheiro em nossos sacos.23E ele respondeu: Paz a vós, não temais; vosso Deus e o Deus de vosso pai vos deu o tesouro em vossos sacos: vosso dinheiro veio a mim. E tirou a Simeão a eles.
24E aquele homem levou àqueles homens na casa de José: e deu-lhes água, e lavaram seus pés: e deu de comer a seus asnos.25E eles prepararam o presente antes que viesse José ao meio-dia, porque haviam ouvido que ali haviam de comer pão.
26E veio José a casa, e eles lhe trouxeram o presente que tinham em sua mão dentro de casa, e inclinaram-se a ele em terra.27Então ele lhes perguntou como estavam, e disse: Vosso pai, o ancião que dissestes, passa bem? Vive ainda?
28E eles responderam: Bem vai a teu servo nosso pai; ainda vive. E se inclinaram, e fizeram reverência.29E levantando ele seus olhos viu Benjamim seu irmão, filho de sua mãe, e disse: É este vosso irmão mais novo, de quem me falastes? E disse: Deus tenha misericórdia de ti, filho meu.
30Então José se apressou, porque se comoveram suas entranhas por causa de seu irmão, e procurou onde chorar: e entrou-se em sua câmara, e chorou ali.31E lavou seu rosto, e saiu fora, e controlou-se, e disse: Ponde pão.
32E puseram para ele à parte, e separadamente para eles, e à parte para os egípcios que com ele comiam: porque os egípcios não podem comer pão com os hebreus, o qual é abominação aos egípcios.33E sentaram-se diante dele, o mais velho conforme sua primogenitura, e o mais novo conforme sua idade menor; e estavam aqueles homens atônitos olhando-se um ao outro.34E ele tomou iguarias de diante de si para eles; mas a porção de Benjamim era cinco vezes como qualquer uma das deles. E beberam, e alegraram-se com ele.
441E mandou José ao mordomo de sua casa, dizendo: Enche os sacos destes homens de alimentos, quanto puderem levar, e põe o dinheiro de cada um na boca de seu saco:2E porás meu copo, o copo de prata, na boca do saco do mais novo, com o dinheiro de seu trigo. E ele fez como disse José.
3Vinda a manhã, os homens foram despedidos com seus asnos.4Havendo eles saído da cidade, da qual ainda não haviam se afastado, disse José a seu mordomo: Levanta-te, e segue a esses homens; e quando os alcançares, dize-lhes: Por que retribuístes com o mal pelo bem?5Não é isto no que bebe meu senhor, e pelo que costuma adivinhar? Fizestes mal no que fizestes.
6E quando ele os alcançou, disse-lhes estas palavras.7E eles lhe responderam: Por que diz meu senhor tais coisas? Nunca tal façam teus servos.
8Eis que, o dinheiro que achamos na boca de nossos sacos, o voltamos a trazer a ti desde a terra de Canaã; como, pois, havíamos de furtar da casa de teu senhor prata nem ouro?9Aquele de teus servos em quem for achado o copo, que morra, e ainda nós seremos servos de meu senhor.10E ele disse: Também agora seja conforme vossas palavras; aquele em quem se achar, será meu servo, e vós sereis sem culpa.
11Eles então se deram pressa, e derrubando cada um seu saco em terra, abriu cada qual o seu saco.12E buscou; desde o mais velho começou, e acabou no mais novo; e o copo foi achado no saco de Benjamim.13Então eles rasgaram suas roupas, e carregou cada um seu asno, e voltaram à cidade.
14E chegou Judá com seus irmãos à casa de José, que ainda estava ali, e prostraram-se diante dele em terra.15E disse-lhes José: Que obra é esta que fizestes? Não sabeis que um homem como eu sabe adivinhar?
16Então disse Judá: Que diremos a meu senhor? Que falaremos? Ou com que nos justificaremos? Deus achou a maldade de teus servos: eis que, nós somos servos de meu senhor, nós, e também aquele em cujo poder foi achado o copo.17E ele respondeu: Nunca eu tal faça: o homem em cujo poder foi achado o copo, ele será meu servo; vós ide em paz a vosso pai.
18Então Judá se chegou a ele, e disse: Ai senhor meu, rogo-te que fale teu servo uma palavra aos ouvidos de meu senhor, e não se acenda tua ira contra teu servo, pois que tu és como Faraó.19Meu senhor perguntou a seus servos, dizendo: Tendes pai ou irmão?
20E nós respondemos a meu senhor: Temos um pai ancião, e um jovem que lhe nasceu em sua velhice, pequeno ainda; e um irmão seu morreu, e ele restou sozinho de sua mãe, e seu pai o ama.21E tu disseste a teus servos: Trazei-o a mim, e porei meus olhos sobre ele.22E nós dissemos a meu senhor: O jovem não pode deixar a seu pai, porque se o deixar, seu pai morrerá.
23E disseste a teus servos: Se vosso irmão mais novo não descer convosco, não vejais mais meu rosto.24Aconteceu, pois, que quando chegamos a meu pai teu servo, nós lhe contamos as palavras de meu senhor.25E disse nosso pai: Voltai a comprar-nos um pouco de alimento.26E nós respondemos: Não podemos ir: se nosso irmão for conosco, iremos; porque não podemos ver o rosto do homem, não estando conosco nosso irmão o mais novo.
27Então teu servo meu pai nos disse: Vós sabeis que dois me deu minha mulher;28E um saiu de minha presença, e penso certamente que foi despedaçado, e até agora não o vi;29E se tomardes também este de diante de mim, e lhe acontecer algum desastre, fareis descer minhas cãs com dor ao mundo dos mortos.
30Agora, pois, quando chegar eu a teu servo meu pai, e o jovem não for comigo, como sua alma está ligada à alma dele,31Sucederá que quando perceber a ausência do jovem, morrerá; e teus servos farão descer as cãs de teu servo nosso pai com dor ao mundo dos mortos.32Como teu servo saiu por fiador do jovem com meu pai, dizendo: Se eu não o devolver a ti, então eu serei culpável para meu pai todos os dias;
33Rogo-te, portanto, que fique agora teu servo pelo jovem por servo de meu senhor, e que o jovem vá com seus irmãos.34Porque como irei eu a meu pai sem o jovem? Não poderei, por não ver o mal que sobrevirá a meu pai.
451Não podia já José se conter diante de todos os que estavam ao seu lado, e clamou: Fazei sair de minha presença a todos. E não ficou ninguém com ele, ao dar-se a conhecer José a seus irmãos.2Então se deu a chorar por voz em grito; e ouviram os egípcios, e ouviu também a casa de Faraó.3E disse José a seus irmãos: Eu sou José: vive ainda meu pai? E seus irmãos não puderam lhe responder, porque estavam perturbados diante dele.
4Então disse José a seus irmãos: Achegai-vos agora a mim. E eles se achegaram. E ele disse: Eu sou José vosso irmão o que vendestes para o Egito.5Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese de haver me vendido aqui; que para preservação de vida me enviou Deus diante de vós:6Que já houve dois anos de fome em meio da terra, e ainda restam cinco anos em que nem haverá arada nem colheita.
7E Deus me enviou adiante de vós, para que vós restásseis na terra, e para vos dar vida por meio de grande salvamento.8Assim, pois, não me enviastes vós aqui, mas sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e por senhor de toda sua casa, e por governador de toda a terra do Egito.
9Apressai-vos, ide a meu pai e dizei-lhe: Assim diz teu filho José: Deus me pôs por senhor de todo Egito; vem a mim, não te detenhas:10E habitarás na terra de Gósen, e estarás perto de mim, tu e teus filhos, e os filhos de teus filhos, teus gados e tuas vacas, e tudo o que tens.11E ali te alimentarei, pois ainda restam cinco anos de fome, para que não pereças de pobreza tu e tua casa, e tudo o que tens:
12E eis que, vossos olhos veem, e os olhos de meu irmão Benjamim, que meu boca vos fala.13Fareis pois saber a meu pai toda minha glória no Egito, e tudo o que vistes: e apressai-vos, e trazei a meu pai aqui.
14E lançou-se sobre o pescoço de Benjamim seu irmão, e chorou; e também Benjamim chorou sobre seu pescoço.15E beijou a todos os seus irmãos, e chorou sobre eles: e depois seus irmãos falaram com ele.
16E ouviu-se a notícia na casa de Faraó, dizendo: Os irmãos de José vieram. E pareceu bem aos olhos de Faraó e de seus servos.17E disse Faraó a José: Dize a teus irmãos: Fazei isto: carregai vossos animais, e ide, voltai à terra de Canaã;18E tomai a vosso pai e vossas famílias, e vinde a mim, que eu vos darei o bom da terra do Egito e comereis a gordura da terra.
19E tu manda: Fazei isto: tomai para vós da terra do Egito carros para vossos filhos e vossas mulheres; e tomai a vosso pai, e vinde.20E não se vos dê nada de vossos pertences, porque o bem da terra do Egito será vosso.
21E fizeram-no assim os filhos de Israel: e deu-lhes José carros conforme a ordem de Faraó, e deu alimentos para o caminho.22A cada um de todos eles deu mudas de roupas, e a Benjamim deu trezentas peças de prata, e cinco mudas de roupas.23E a seu pai enviou isto: dez asnos carregados do melhor do Egito, e dez asnas carregadas de trigo, e pão e comida, para seu pai no caminho.
24E despediu a seus irmãos, e foram-se. E ele lhes disse: Não brigais pelo caminho.25E subiram do Egito, e chegaram à terra de Canaã a Jacó seu pai.26E deram-lhe as novas, dizendo: José vive ainda; e ele é senhor toda a terra do Egito. E seu coração se desmaiou; pois não cria neles.
27E eles lhe contaram todas as palavras de José, que ele lhes havia falado; e vendo ele os carros que José enviava para levá-lo, o espírito de Jacó seu pai reviveu.28Então disse Israel: Basta; José meu filho vive ainda: irei, e lhe verei antes que eu morra.
461E partiu-se Israel com tudo o que tinha, e veio a Berseba, e ofereceu sacrifícios ao Deus de seu pai Isaque.2E falou Deus a Israel em visões de noite, e disse: Jacó, Jacó. E ele respondeu: Eis-me aqui.3E disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas de descer ao Egito, porque eu te farei ali em grande nação.4Eu descerei contigo ao Egito, e eu também te farei voltar; e José porá sua mão sobre teus olhos.
5E levantou-se Jacó de Berseba; e tomaram os filhos de Israel a seu pai Jacó, e a seus filhos, e a suas mulheres, nos carros que Faraó havia enviado para levá-lo.6E tomaram seus gados, e sua riqueza que havia adquirido na terra de Canaã, e vieram-se ao Egito, Jacó, e toda sua descendência consigo;7Seus filhos, e os filhos de seus filhos consigo; suas filhas, e as filhas de seus filhos, e a toda sua descendência trouxe consigo ao Egito.
8E estes são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito, Jacó e seus filhos: Rúben, o primogênito de Jacó.9E os filhos de Rúben: Enoque, e Palu, e Hezrom, e Carmi.10E os filhos de Simeão: Jemuel, e Jamim, e Oade, e Jaquim, e Zoar, e Saul, filho da cananeia.11E os filhos de Levi: Gérson, Coate, e Merari.
12E os filhos de Judá: Er, e Onã, e Selá, e Perez, e Zerá: mas Er e Onã, morreram na terra de Canaã. E os filhos de Perez foram Hezrom e Hamul.13E os filhos de Issacar: Tola, e Puva, e Jó, e Sinrom.14E os filhos de Zebulom: Serede e Elom, e Jaleel.15Estes foram os filhos de Lia, os que deu a Jacó em Padã-Arã, e além de sua filha Diná: trinta e três as almas todas de seus filhos e filhas.
16E os filhos de Gade: Zifiom, e Hagi, e Suni, e Ezbom, e Eri, e Arodi, e Areli.17E os filhos de Aser: Imna, e Isva, e Isvi y Berias, e Sera, irmã deles. Os filhos de Berias: Héber, e Malquiel.18Estes foram os filhos de Zilpa, a que Labão deu a sua filha Lia, e deu estes a Jacó; todas dezesseis almas.
19E os filhos de Raquel, mulher de Jacó: José e Benjamim.20E nasceram a José na terra do Egito Manassés e Efraim, os que lhe deu Azenate, filha Potífera, sacerdote de Om.21E os filhos de Benjamim foram Belá, e Bequer e Asbel, e Gera, e Naamã, e Eí, e Rôs e Mupim, e Hupim, e Arde.22Estes foram os filhos de Raquel, que nasceram a Jacó: ao todo, catorze almas.
23E os filhos de Dã: Husim.24E os filhos de Naftali: Jazeel, e Guni, e Jezer, e Silém.25Estes foram os filhos de Bila, a que deu Labão a Raquel sua filha, e ela deu à luz estes a Jacó; todas sete almas.
26Todas as pessoas que vieram com Jacó ao Egito, procedentes de seus lombos, sem as mulheres dos filhos de Jacó, todas as pessoas foram sessenta e seis.27E os filhos de José, que lhe nasceram no Egito, duas pessoas. Todas as almas da casa de Jacó, que entraram no Egito, foram setenta.
28E enviou a Judá adiante de si a José, para que lhe viesse a ver a Gósen; e chegaram à terra de Gósen.29E José preparou seu carro e veio a receber a Israel seu pai a Gósen; e se manifestou a ele, e lançou-se sobre seu pescoço, e chorou sobre seu pescoço bastante.30Então Israel disse a José: Morra eu agora, já que vi teu rosto, pois ainda vives.
31E José disse a seus irmãos, e à casa de seu pai: Subirei e farei saber a Faraó, e lhe direi: Meus irmãos e a casa de meu pai, que estavam na terra de Canaã, vieram a mim;32E os homens são pastores de ovelhas, porque são homens criadores de gado: e trouxeram suas ovelhas e suas vacas, e tudo o que tinham.
33E quando Faraó vos chamar e disser: qual é vosso ofício?34Então direis: Homens de criação de gado foram teus servos desde nossa juventude até agora, nós e nossos pais; a fim que moreis na terra de Gósen, porque os egípcios abominam todo pastor de ovelhas.
471E José veio, e fez saber a Faraó, e disse: Meu pai e meus irmãos, e suas ovelhas e suas vacas, com tudo o que têm, vieram da terra de Canaã, e eis que, estão na terra de Gósen.2E dentre seus irmãos tomou cinco homens, e os apresentou diante de Faraó.
3E Faraó disse a seus irmãos: Qual é vosso ofício? E eles responderam a Faraó: Pastores de ovelhas são teus servos, tanto nós como nossos pais.4Disseram ademais a Faraó: Por morar nesta terra viemos; porque não há pasto para as ovelhas de teus servos, pois a fome é grave na terra de Canaã: portanto, te rogamos agora que habitem teus servos na terra de Gósen.
5Então Faraó falou a José, dizendo: Teu pai e teus irmãos vieram a ti;6A terra do Egito diante de ti está; no melhor da terra faze habitar a teu pai e a teus irmãos; habitem na terra de Gósen; e se entendes que há entre eles homens competentes, põe-os por administradores do meu gado.
7E José introduziu a seu pai, e apresentou-o diante de Faraó; e Jacó abençoou a Faraó.8E disse Faraó a Jacó: Quantos são os dias dos anos de tua vida?9E Jacó respondeu a Faraó: Os dias dos anos de minha peregrinação são cento e trinta anos; poucos e maus foram os dias dos anos de minha vida, e não chegaram aos dias dos anos da vida de meus pais nos dias de sua peregrinação.10E Jacó abençoou a Faraó, e saiu-se de diante de Faraó.
11Assim José fez habitar a seu pai e a seus irmãos, e deu-lhes possessão na terra do Egito, no melhor da terra, na terra de Ramessés como mandou Faraó.12E alimentava José a seu pai e a seus irmãos, e a toda a casa de seu pai, de pão, segundo o número de seus filhos.
13E não havia pão toda a terra, e a fome era muito grave; pelo que desfaleceu de fome a terra do Egito e a terra de Canaã.14E recolheu José todo o dinheiro que se achou na terra do Egito e na terra de Canaã, pelos alimentos que dele compravam; e meteu José o dinheiro na casa de Faraó.
15E acabado o dinheiro da terra do Egito e da terra de Canaã, veio todo Egito a José dizendo: Dá-nos pão: por que morreremos diante de ti, por haver-se acabado o dinheiro?16E José disse: Dai vossos gados, e eu vos darei por vossos gados, se se acabou o dinheiro.17E eles trouxeram seus gados a José; e José lhes deu alimentos por cavalos, e pelo rebanho das ovelhas, e pelo rebanho das vacas, e por asnos: e sustentou-os de pão por todos os seus gados aquele ano.
18E acabado aquele ano, vieram a ele o segundo ano, e lhe disseram: Não encobriremos a nosso senhor que o dinheiro certamente se acabou; também o gado é já de nosso senhor; nada restou diante de nosso senhor a não ser nossos corpos e nossa terra.19Por que morreremos diante de teus olhos, tanto nós como nossa terra? Compra a nós e a nossa terra por pão, e seremos nós e nossa terra servos de Faraó; e dá-nos semente para que vivamos e não morramos, e não seja assolada a terra.
20Então comprou José toda a terra do Egito para Faraó; pois os egípcios venderam cada um suas terras, porque se agravou a fome sobre eles: e a terra veio a ser de Faraó.21E ao povo o fez passar às cidades desde um fim do termo do Egito até o outro fim.22Somente a terra dos sacerdotes não comprou, porquanto os sacerdotes tinham ração de Faraó, e eles comiam sua ração que Faraó lhes dava: por isso não venderam sua terra.
23E José disse ao povo: Eis que comprei hoje vós e vossa terra para Faraó: vede aqui semente, e semeareis a terra.24E será que dos frutos dareis o quinto a Faraó, e as quatro partes serão vossas para semear as terras, e para vosso mantimento, e dos que estão em vossas casas, e para que comam vossos meninos.
25E eles responderam: A vida nos deste: achemos favor aos olhos de meu senhor, e sejamos servos de Faraó.26Então José o pôs por estatuto até hoje sobre a terra do Egito, assinalando para Faraó o quinto; exceto somente a terra dos sacerdotes, que não foi de Faraó.
27Assim habitou Israel na terra do Egito, na terra de Gósen; e apossaram-se nela, y se aumentaram, e multiplicaram em grande maneira.28E viveu Jacó na terra do Egito dezessete anos: e foram os dias de Jacó, os anos de sua vida, cento quarenta e sete anos.
29E achegaram-se os dias de Israel para morrer, e chamou a José seu filho, e lhe disse: Se achei agora favor em teus olhos, rogo-te que ponhas tua mão debaixo de minha coxa, e farás comigo misericórdia e verdade; rogo-te que não me enterres no Egito;30Mas quando dormir com meus pais, me levarás de Egito, e me sepultarás no sepulcro deles. E ele respondeu: Eu farei como tu dizes.31E ele disse: Jura-me isso. E ele lhe jurou. Então Israel se inclinou sobre a cabeceira da cama.
481E sucedeu depois destas coisas que foi dito a José: Eis que teu pai está enfermo. E ele tomou consigo seus dois filhos Manassés e Efraim.2E se fez saber a Jacó, dizendo: Eis que teu filho José vem a ti. Então se esforçou Israel, e sentou-se sobre a cama;
3E disse a José: O Deus Todo-Poderoso me apareceu em Luz na terra de Canaã, e me abençoou,4E disse-me: Eis que, eu te farei crescer, e te multiplicarei, e te porei por conjunto de povos: e darei esta terra à tua descendência depois de ti por herança perpétua.
5E agora teus dois filhos Efraim e Manassés, que te nasceram na terra do Egito, antes que viesse a ti à terra do Egito, meus são; como Rúben e Simeão, serão meus:6E os que depois deles geraste, serão teus; pelo nome de seus irmãos serão chamados em suas propriedades.7Porque quando eu vinha de Padã-Arã, se me morreu Raquel na terra de Canaã, no caminho, como certa distância vindo a Efrata; e sepultei-a ali no caminho de Efrata, que é Belém.
8E viu Israel os filhos de José, e disse: Quem são estes?9E respondeu José a seu pai: São meus filhos, que Deus me deu aqui. E ele disse: Achegai-os agora a mim, e os abençoarei.10E os olhos de Israel estavam tão agravados da velhice, que não podia ver. Fez-lhes, pois, chegar a ele, e ele os beijou e abraçou.
11E disse Israel a José: Não pensava eu ver teu rosto, e eis que Deus me fez ver também tua descendência.12Então José os tirou dentre seus joelhos, e inclinou-se à terra.13E tomou-os José a ambos, Efraim à sua direita, à esquerda de Israel; e a Manassés à sua esquerda, à direita de Israel; e fez-lhes chegar a ele.
14Então Israel estendeu sua mão direita, e a pôs sobre a cabeça de Efraim, que era o mais novo, e sua esquerda sobre a cabeça de Manassés, colocando assim suas mãos propositadamente, ainda que Manassés era o primogênito.15E abençoou a José, e disse: O Deus em cuja presença andaram meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me mantém desde que eu sou até hoje,16O Anjo que me liberta de todo mal abençoe a estes moços: e meu nome seja chamado neles, e o nome de meus pais Abraão e Isaque: e multipliquem em grande maneira em meio da terra.
17Então vendo José que seu pai punha a direita sobre a cabeça de Efraim, causou-lhe isto desgosto; e pegou a mão de seu pai, para mudá-la de sobre a cabeça de Efraim à cabeça de Manassés.18E disse José a seu pai: Não assim, meu pai, porque este é o primogênito; põe tua mão direita sobre sua cabeça.
19Mas seu pai não quis, e disse: Eu sei, meu filho, eu sei: também ele virá a ser um povo, e será também acrescentado; porém seu irmão mais novo será maior que ele, e sua descendência será plenitude de povos.20E abençoou-os aquele dia, dizendo: Em ti Israel abençoará, dizendo: Deus faça de ti Deus como a Efraim e como a Manassés. E pôs a Efraim diante de Manassés.
21E disse Israel a José: Eis que eu morro, mas Deus será convosco, e vos fará voltar à terra de vossos pais.22E eu dei a ti uma parte sobre teus irmãos, a qual tomei eu da mão dos amorreus com minha espada e com meu arco.
491E chamou Jacó a seus filhos, e disse: Juntai-vos, e vos declararei o que vos há de acontecer nos últimos dias.2Juntai-vos e ouvi, filhos de Jacó; E escutai a vosso pai Israel.
3Rúben, tu és meu primogênito, minha força, e o princípio do meu vigor; Principal em dignidade, principal em poder.4Corrente como as águas, não sejas o principal; Porquanto subiste ao leito de teu pai: Então te contaminaste, subindo a meu estrado.
5Simeão e Levi, irmãos: Armas de violência são suas armas.6Em seu secreto não entre minha alma, nem minha honra se junte em sua companhia; Que em seu furor mataram homem, E em sua vontade aleijaram bois.
7Maldito seu furor, que foi bravio; E sua ira, que foi dura: Eu os dividirei em Jacó, E os espalharei em Israel.
8Judá, teus irmãos te louvarão: Tua mão esterá sobre o pescoço de teus inimigos: Os filhos de teu pai se inclinarão a ti.
9Jovem leão é Judá: Da presa subiste, filho meu: Encurvou-se, lançou-se como leão, Assim como leão velho; quem o despertará?
10Não será tirado o cetro de Judá, E o legislador dentre seus pés, Até que venha Siló; E a ele se congregarão os povos.
11Atando à vide seu jumentinho, E à videira o filho de sua jumenta, Lavou no veio sua roupa, E no sangue de uvas seu manto:12Seus olhos mais vermelhos que o vinho, E os dentes mais brancos que o leite.
13Zebulom em portos de mar habitará, E será para porto de navios; E seu termo até Sidom.
14Issacar, asno de forte estrutura deitado entre dois apriscos:15E viu que o descanso era bom, E que a terra era deleitosa; E baixou seu ombro para levar, E serviu em tributo.
16Dã julgará a seu povo, Como uma das tribos de Israel.17Será Dã serpente junto ao caminho, víbora junto à vereda, que morde os calcanhares dos cavalos, e faz cair por detrás ao cavaleiro deles.18Tua salvação espero, ó SENHOR.
19Gade, exército o atacará; mas ele contra-atacará ao fim.20O pão de Aser será espesso, E ele dará deleites ao rei.21Naftali, serva solta, que diz belas coisas.
22Ramo frutífero é José, ramo frutífero é junto à fonte, cujos ramos se estendem sobre o muro;23E causaram-lhe amargura, e flecharam-lhe, e os arqueiros o odiaram;
24Mas seu arco manteve-se forte, E os braços de suas mãos se fortaleceram pelas mãos do Forte de Jacó, (Dali é o Pastor, e a Pedra de Israel,)
25Do Deus de teu pai, o qual te ajudará, E do Todo-Poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos céus de acima, com bênçãos do abismo que está abaixo, Com bênçãos do seio e da madre.
26As bênçãos de teu pai Foram maiores que as bênçãos de meus progenitores: Até o termo das colinas eternas serão sobre a cabeça de José, E sobre o topo da cabeça do que foi separado de seus irmãos.
27Benjamim, lobo arrebatador; de manhã comerá a presa, e à tarde repartirá os despojos.
28Todos estes foram as doze tribos de Israel: e isto foi o que seu pai lhes disse, e os abençoou; a cada um por sua bênção os abençoou.29Mandou-lhes logo, e disse-lhes: Eu vou a ser reunido com meu povo: sepultai-me com meus pais na caverna que está no campo de Efrom os heteus;30Na caverna que está no campo de Macpela, que está diante de Manre na terra de Canaã, a qual comprou Abraão com o mesmo campo de Efrom os heteus, para herança de sepultura.
31Ali sepultaram a Abraão e a Sara sua mulher; ali sepultaram a Isaque e a Rebeca sua mulher; ali também sepultei Lia.32O campo e a cova que nele está foram comprados dos filhos de Hete.33E quando acabou Jacó de dar ordens a seus filhos, encolheu seus pés na cama, e expirou; e foi reunido com seus pais.
501Então se lançou José sobre o rosto de seu pai, e chorou sobre ele, e o beijou.2E mandou José a seus servos médicos que embalsamassem a seu pai; e os médicos embalsamaram a Israel.3E cumpriam-lhe quarenta dias, porque assim cumpriam os dias dos embalsamados, e choraram-no os egípcios setenta dias.
4E passados os dias de seu luto, falou José aos da casa de Faraó, dizendo: Se achei agora favor em vossos olhos, vos rogo que faleis aos ouvidos de Faraó, dizendo:5Meu pai me fez jurar dizendo: Eis que eu morro; em meu sepulcro que eu cavei para mim na terra de Canaã, ali me sepultarás; rogo, pois, que vá eu agora, e sepultarei a meu pai, e voltarei.6E Faraó disse: Vai, e sepulta a teu pai, como ele te fez jurar.
7Então José subiu a sepultar a seu pai; e subiram com ele todos os servos de Faraó, os anciãos de sua casa, e todos os anciãos da terra do Egito.8E toda a casa de José, e seus irmãos, e a casa de seu pai: somente deixaram na terra de Gósen seus filhos, e suas ovelhas e suas vacas.9E subiram também com ele carros e cavaleiros, e fez-se um esquadrão muito grande.
10E chegaram até a eira de Atade, que está à outra parte do Jordão, e lamentaram ali com grande e muito grave lamentação: e José fez a seu pai luto por sete dias.11E vendo os moradores da terra, os cananeus, o pranto na eira de Atade, disseram: Pranto grande é este dos egípcios: por isso foi chamado seu nome Abel-Mizraim, que está à outra parte do Jordão.
12Fizeram, pois, seus filhos com ele, segundo lhes havia mandado:13Pois seus filhos o levaram à terra de Canaã, e o sepultaram na caverna do campo de Macpela, a que havia comprado Abraão com o mesmo campo, para herança de sepultura, de Efrom o heteu, diante de Manre.14E voltou José ao Egito, ele e seus irmãos, e todos os que subiram com ele a sepultar a seu pai, depois que o sepultou.
15E vendo os irmãos de José que seu pai era morto, disseram: Talvez José nos odeie, e nos retribua de todo o mal que lhe fizemos.16E enviaram a dizer a José: Teu pai mandou antes de sua morte, dizendo:17Assim direis a José: Rogo-te que perdoes agora a maldade de teus irmãos e seu pecado, porque mal te trataram: portanto agora te rogamos que perdoes a maldade dos servos do Deus de teu pai. E José chorou enquanto falavam.
18E vieram também seus irmãos, e prostraram-se diante dele, e disseram: Eis-nos aqui por teus servos.19E respondeu-lhes José: Não temais: estou eu em lugar de Deus?20Vós pensastes mal sobre mim, mas Deus o encaminhou para o bem, para fazer o que vemos hoje, para manter em vida muito povo.21Agora, pois, não tenhais medo; eu sustentarei a vós e a vossos filhos. Assim os consolou, e lhes falou ao coração.
22E esteve José no Egito, ele e a casa de seu pai; e viveu José cento dez anos.23E viu José os filhos de Efraim até a terceira geração: também os filhos de Maquir, filho de Manassés, foram criados sobre os joelhos de José.
24E José disse a seus irmãos: Eu me morro; mas Deus certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra à terra que jurou a Abraão, a Isaque, e a Jacó.25E fez jurar José aos filhos de Israel, dizendo: Deus certamente vos visitará, e fareis levar daqui meus ossos.26E morreu José da idade de cento e dez anos; e embalsamaram-no, e foi posto num caixão no Egito.